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‘Ninguém vai conseguir tirar o caminhoneiro, vai correr sangue’, diz um líder

O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirmou nesta sexta-feira (25) que o acordo firmado por outras entidades com o governo não conseguirá acabar com a paralisação e que “pode correr sangue”, a depender do emprego de força policial.

“Pode parar [a paralisação] se vier uma força policial muito forte para cima. […] Ninguém vai conseguir tirar o caminhoneiro. Vai correr sangue nisso aí”, disse à Folha.

Questionado sobre a informação de que o governo pretende usar as Forças Armadas para liberar estradas se caminhoneiros não cederem, Fonseca disse que será “uma aberração”.

Durante protesto na rodovia BR-040, em Duque de Caxias, grevistas tentam impedir caminhoneiro que não aderiu à paralisação devido à alta dos combustíveis Silvia Izquierdo/Associated press

“O caminhoneiro é uma pessoa rude, uma pessoa simples. Quando ele entra numa briga, é difícil de tirar ele dessa briga”, disse. “Então isso pode criar sérios transtornos. Espero que não. Eu vou fazer o que eu posso para acontecer isso.”

Fonseca afirmou que a paralisação dos caminhoneiros, que ele não classifica como greve, “chega em determinado ponto que começa a insuflar, vem gente de tudo que é lado”.

O presidente da Abcam deixou a reunião com o governo, nesta quinta-feira (24), antes do fim e afirmou que não firmaria acordo com o Palácio do Planalto. Ele afirmou que o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) disse, na ocasião, que não haveria emprego das Forças Armadas.

A associação divulgou nota na qual repudia o acordo firmado com outras entidades e diz que continuará a exigir que o governo zere a alíquota de PIS/Cofins sobre o diesel.

 

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