Cidade enfeitada. Hotéis e pousadas cheios. Comunidade ansiosa. Assim está a cidade de Mucugê nesta quarta, 15 de agosto, véspera da abertura da terceira edição da Feira Literária de Mucugê – Fligê. A partir de amanhã, 16, a cidade da Chapada Diamantina se transformará em território da literatura, onde as palavras aparecerão de várias formas.
Na tela do cinema, nas músicas e shows, no teatro, na contação de histórias, nas palestras e conferências, nos bate-papos (formais ou não), nas pinturas, nas intervenções, nos saraus e, principalmente, nos livros que serão apresentados, lançados e comercializados ao longo da Fligê. Com o tema Literatura e resistência – a vida nos rastros da palavra, esse ano a Fligê homenageia a escritora mineira Conceição Evaristo, consagrada pela crítica e vencedora do prêmio Jabuti em 2015, com Olhos d’água.
Na sua programação, a mulher protagoniza. Nomes como Cristiane Sobral, Elisa Lucinda, Lívia Natália, Linda Rubim, Angela Teodoro, Julieta Palmeira, Rita Santana, Dayse Sacramento, Laura Castro, Lilia Gramacho e Rita Queiroz serão as responsáveis por debates e provocações durante os quatro dias de evento, que inclui ainda os shows de Ana de Hollanda e da cantora Rita Benneditto.
Somam-se a elas os escritores Pedro Tierra, Marcelo Veras, Camillo Vannuchi, Mauricio Meirelles, Jean Wyllys, Emiliano José e os cantores Chico Brown e Chico César.
“A definição do tema e a homenagem desta edição muito se deve a necessidade de revelar a ausência das escritoras negras no mercado editorial, bem como a necessidade de que essas mulheres escritoras encontram de criar seus próprios canais de divulgação de sua arte, sua escrita e seu lugar de produção cultural”, justifica a curadora da Fligê, a professora Ester Figueiredo.
A cerimônia de abertura tem início às 19 horas, no Centro Cultural, com a presença da homenageada. Antes, às 15 horas, estudantes da cidade, acompanhados pela filarmônica local, desfilam pelas ruas de Mucugê anunciando o início do evento e dando as boas vindas aos seus visitantes e à força da palavra que a Fligê potencializa na Chapada Diamantina.
A Fligê tem co-realização do Instituto Conquistense de Inclusão Social e Estado da Bahia, e conta com o patrocínio do Governo Federal