Desde os tempos em que cabia às mulheres a exclusiva tarefa de ficar em casa, cuidando dos afazeres domésticos e dos filhos, elas são maioria nas igrejas. Hoje, essa presença maciça nas atividades eclesiásticas se mantém, mas com um diferencial: o acesso ao local de mais destaque no templo, o púlpito. O ministério feminino tem ganhado força não só em Vitória da Conquista, mas em todo mundo onde cada vez mais suas representantes se destacam. Em mais e mais igrejas evangélicas, tradicionais, pentecostais ou neopentecostais, a figura das pastoras, diaconisas, presbíteras e até bispas já se tornou rotineira.
Na sua congregação as mulheres poderem exercer mas mesmas atividades eclesiásticas que as dos homens ?
Nos últimos 10 anos, o número de ordenações femininas aumentou no país. Mas não são todas as correntes que aceitam o pastoreio. Ainda é bem maior o contingente de mulheres escaladas para tarefas como assessorar pastores em visitas externas e liderar ministérios, trabalhos missionários e ações sociais. As mulheres sustentam a Igreja em oração, têm múltiplas atividades e hoje passam a ter funções e cargos ainda mais importantes na organização ministerial das congregações.
Sobre o tema, veja o posicionamento de Augusto Nicodemos :
O reverendo Augustus Nicodemus, da Igreja Presbiteriana de Goiânia (GO), recorreu a 1 Timóteo 3:1-13 ao argumentar que a liderança foi designada para homens. O trecho bíblico fala das qualificações de pastores e presbíteros. “O papel das mulheres é essencial e importante, mas não encontramos respaldo bíblico para que elas sejam ordenadas ao ministério das igrejas cristãs”, opinou em um de seus vídeos publicados na internet.
Embora haja controvérsias, Lidice Ribeiro sustenta que a figura da profetisa tem crescido em muitas denominações e que, desde os primórdios da humanidade, a mulher era vista como um ser mais próximo da divindade.
“Quando uma mulher aparece como a porta de Deus, é algo facilmente aceito na humanidade. Isso está atrelado à nossa condição cultural de tê-las como guardiãs da fé e do ensino religioso. E acaba aumentando ainda mais esse potencial de liderança feminina no que se refere a questões espirituais”, justificou.
LIDERANÇA
Muitas mulheres fundamentam o exercício do seu pastorado em Gálatas 3:28: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Zenilda Reggiani Cintra, pastora da Igreja Batista Esperança, de Taguatinga (DF), indica que muitas tiveram funções importantes nas narrativas bíblicas, mas a ordem de Jesus, o “Ide”, é para todos.
Texto adaptado Comunhao .com/MateusAraujo