Diante disso, essa comemoração é considerada um marco pela luta ao respeito da diversidade religiosa, pois além de alertar para a discriminação no âmbito religioso, propõe a igualdade para professar as diferentes religiões.
Vale lembrar que o preconceito e a intolerância religiosa são considerados crimes no Brasil, passíveis de punição previstas no Código Penal.
Origem da Data
A data foi oficializada em 2007 através da Lei n.º 11.635, de 27 de dezembro, e a sua escolha feita em homenagem à Mãe Gilda, do terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, localizado em Salvador.
Esse foi o dia em que ela, vítima do crime de intolerância religiosa, faleceu com um infarto no ano 2000.
Isso aconteceu na sequência de agressões físicas e verbais, bem como de ataques à sua casa e ao seu terreiro quando Mãe Gilda foi acusada de charlatanismo por adeptos de outra religião.
Mãe Gilda tornou-se um símbolo do combate a esse tipo de intolerância, especialmente pelo fato de simbolizar religiões de matriz africana. Este grupo representa o maior número de vítimas de intolerância religiosa na atualidade.
Por esse motivo, como forma de combater a intolerância religiosa, surge um dia dedicado ao tema, cujos crimes aumentaram de forma substancial nos últimos anos.
38% dos evangélicos já sofreram preconceito religioso no Brasil
O Brasil registra, em média uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas, segundo levantamentos oficiais. Uma pesquisa do Datafolha, publicada este mês, indica que 26% dos brasileiros declaram já ter sofrido preconceito devido à sua religião (eram 20% em 2008).
Os adeptos de religiões de matriz africana são os principais alvos, com 68% dos entrevistados afirmando que sofrem preconceito religioso. Para o Datafolha, o segundo grupo que mais relata esse tipo de problema são os evangélicos.
O Instituto aponta que 38% dos evangélicos também experimentaram preconceito motivados por religião, sendo que o índice aumenta entre os neopentecostais, chegando a 48%. Em terceiro lugar vêm os espíritas, com 33%.
O levantamento, entre os dias 18 e 19 de dezembro de 2018, entrevistou 2.077 pessoas, em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima no total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Outros tipos de preconceito
A pesquisa do Datafolha mostra um crescimento do percentual de brasileiros que se declaram vítima de algum tipo de preconceito. Três em cada dez (30%) dizem que sofrem preconceito por causa de sua classe social (era 23% em 2008), 28% por conta do local de moradia (era 21%), 24% devido ao seu gênero (era 11%), 22% pela sua cor ou raça (era 11% em 2007) e 9% por sua orientação sexual (era 4% em 2008).
Fonte : Calenderr /Gospel Prime