“Não se enganem com as feições porque ela é muito fria. Ela foge de todos os estereótipos voltados para o crime, mas ela é muito perigosa”, disse diretor do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), Marcelo Sansão, ao falar sobre o alto grau de periculosidade de Jasiane Silva Teixeira, a ‘Dona Maria’, Dama de Copas do baralho do crime da SSP. A criminosa foi apresentada, na manhã desta segunda-feira (30), na sede da Polícia Civil, bairro da Piedade, em Salvador.
Ao capturá-la (‘Dona Maria’ ficou loira; criminosa mais procurada do Sudoeste foi capturada em SP) a polícia teve certeza que a criminosa era ainda mais perigosa do que se imaginava. Dona Maria estava acompanhada do seu namorado, conhecido por ‘Carioca’, apontado como um dos braços financeiros do PCC. Até então, não se sabia que a Dama de Copas tinha relação afetiva com alguém do topo da facção paulista.
Nesta segunda-feira (30), a criminosa foi apresentada a imprensa. Dona Maria afirmou: “Se eu tivesse milhões eu não estaria aqui presa”.
Ao assumir os negócios do primo e companheiro, Bruno de Jesus Camilo, vulgo Pezão, Dona Maria foi arrojada e avançou com os negócios, que ampliaram ainda mais depois da morte de Pezão, fato ocorrido em 2014, em confronto com policiais civis de Vitória da Conquista em Santa Cruz Cabrália. A Dama de Copas do baralho passou a investir pesado no fornecimento de drogas e armas, inclusive utilizando aviões para o transporte das ‘mercadorias’.
No ano de 2018, a PC de Conquista apreendeu uma aeronave usada para trazer drogas e armas (pistolas, fuzis e até granadas) diretamente da Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru. Dona Maria era uma das operadoras da rota internacional de drogas, afirma a PC.
Há que diga que Dona Maria se orgulhava em dizer que o Cemitério do Kadija e o presídio, ambos localizados em Conquista, pertenciam a ela.
Agora ela alega inocência, que não tem relação com os negócios iniciados pelo ex-companheiro e que irá escrever um livro.