Por Marcos Andrade
Senti falta de algo mais robusto e unitário em Vitoria da Conquista para comemorar essa importante Vitória da esquerda, que foi a libertação do maior líder político brasileiro, momento conhecido como Lula Livre. Enquanto em Salvador, no Rio Vermelho as bandeiras tremulavam, em Conquista um silêncio sepulcral, a cidade que sempre foi de esquerda, hoje tem uma relação de certa frieza e distancia dos partidos e forças populares.
A esquerda de Conquista se divide entre aqueles que contam os dias pra nova eleição municipal, como se isso fosse garantia de regresso dos áureos tempos da Frente Conquista Popular e outros que resmungam contra um tal de Pereira.
Sinto que é hora de unidade e ação política (Não tô falando ainda de candidaturas, ainda temos tempo pra decidir sobre isso), mas de colocar a cara na Rua, fazer o discurso de combate aos desmandos dessa direita ensandecida que destrói a saúde e educação, promove a pobreza, o desemprego, paralisa a economia e de forma raivosa, persegue pobres, oprimidos, juventude, mulheres e negros.
Em Conquista vivemos o caos de um governo incompetente e perseguidor que promove altos salários para comissionados e zero de aumento para o servidor de carreira, que (re)asfalta ruas em bairros nobres enquanto deixa os pobres na lama e na poeira. Um governo que destruiu os sistema de transporte público e promoveu a demissão de centenas de rodoviários. A saúde esta abandonada , os postos nao tem médicos a meses, a Santa Casa deixou de atender o SUS, enquanto isso a UPA e o Hospital de Base estão sobrecarregados de gente carente a espera de atendimento. Enquanto isso nas Escolas municipais falta transporte e merenda escolar. Esse é o triste quadro dos últimos 4 anos em Vitória da Conquista.
Mesmo assim, cresce na cidade, uma onda populista de direita que se apresenta como uma nova opção politica através de um discurso forte e contundente, promove confusão no meio da população, sem propostas claras, dissemina o ódio dentro de uma logica autoritária.
É chegada hora de colocar nossa cara na rua, nossa identidade e nossa cultura, apresentando as idéias do campo democrático popular e denunciando o fascismo, ódio e a incompetência dos governos de direita na cidade e no país.
Vamos a luta, construir uma nova etapa política com mais emprego, oportunidades e respeito às diferenças.