Cotidiano Destaque

Morre o escritor e poeta Carlos Jehovah: ”o umbigo da Lili”

Faleceu nesta quinta-feira, às 21 horas, no Hospital Geral de Vitória da Conquista, o escritor e poeta Carlos Jehovah de Brito Leite. Nascido em 07 de novembro de 1944.
Completou 76 anos em novembro passado. O velório será realizado na Casa da Cultura de Vitória da Conquista, Jehovah foi condecorado com a medalha 2 de julho, maior honraria da Bahia. também foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, numa iniciativa do vereador professor Cori. Que o nosso amigo agora seja recebido no Reino da Glória. De nosso lado, podemos dizer que sempre foi incentivador do jornal ” HOJE” de nossa propriedade e um amigo pessoal do coração.

Sensível e sonhador – Entre várias obras, Carlos Jehovah escreveu, junto com Esechias Araújo Lima, o Auto da Gamela. Lançado pela Editora José Olympio em 1980, o livro teve o prefácio da escritora Raquel de Queiroz, sendo bem recebido em vários lugares do Brasil. O poeta, escritor e dramaturgo Esechias, que também faz parte da Academia Conquistense de Letras e da Casa da Cultura, na qual Jehovah é presidente, elogiou o parceiro: “É um nome de grande respeitabilidade em toda região. É um nome reconhecido nacionalmente. Não há um segmento cultural que não tenha o dedo de Carlos Jeovah em Vitória da Conquista. Além de poeta, ele tem o dom de descobrir talentos, pois tem a visão prospectiva e sensível da alma humana”. abaixo algumas pessoas que sofreram influência de Carlos Jehovah, com a ex-presidente da Academia de Letras, Poliana Policarpo.

Poliana Policarpo começou a fazer oficina de teatro aos 13 anos com Jehovah e, por intermédio dele, acabou enveredando pelo mundo das letras. E hoje é sua colega da Academia e da Casa da Cultura. “Ele é um catador de sonhos dos outros, mestre de sonhos”, observou.

Conhecedora da cultura conquistense, ela comentou sobre a importância do escritor: “São obras com o cunho socialista que falam das desigualdades sociais, da luta de vários homens em conter essa desigualdade; da miséria no Nordeste. São versos que dão uma ‘chicotada’ na desigualdade social. Jehovah é um poeta sonhador que luta por um mundo mais justo”.
Trecho extraído do blog do Brown do jornalista conquistense José Bonfim Alves de Oliveira, retrata o ” maga-sapo” que inspirou Jehovah a escrever a peça ” os sacanas”

“Com a abertura da Rio-Bahia, nos anos 40, surgiram, às margens dessa rodovia, várias casas noturnas, que serviu de inspiração ao poeta Carlos Jehovah para escrever a peça de teatro “Os Sacanas”. Nas décadas de 30, 40, 50 e 60, o ponto chique dos boêmios e prostitutas, como definiu o escritor Camilo de Jesus Lima em uma de suas crônicas, era o “Maga-Sapo”, antigo nome da “Rua D. Pedro II”. A crônica de Camilo era: “Adeus meu velho Maga-Sapo”. Ali havia várias casas de “mulheres livres”, tendo como atração principal a boate Riso da Noite, onde imperavam os sorrisos fáceis e os seios aconchegantes de Marli, Alice, Maria Peito de Aço, Rosa Bigode, Idalina, Neuza, Calu, Didi, Samir, Rosinha, Ivone, Idália, Leontina, Carmem, Zenilda, Marieta, Ju, Marília, Violão Baiano e Maria Veneno (irmã de Bandola), rameiras que, como disse um cronista mundano, “participaram do progresso da cidade, além de serem antídotos para as angústias dos velhos e prazeres temerosos dos adolescentes”. No mesmo Maga-Sapo existiu, em 1937, a casa de prostituição Ao Mundo de Vênus, que funcionou até 1973, quando o prefeito Nilton Gonçalves retirou várias boates daquela rua e transferiu-as para os bairros Jurema e Departamento”.

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