Destaque Política

Vereador Ricardo “Babão”, alertado por lojista sobre lixo e entulho no Centro da cidade, liga para o secretário e o problema é resolvido.

Vitória da Conquista é uma cidade peculiar, sob diversos aspectos. Tradição política, identidade cultural etc. E, como qualquer outra localidade, possui vícios incorporados à cultura, que só percebe quem analisa um pouco mais o comportamento de sua população na relação com seus representantes na política, por exemplo. 

É muito comum encontrar pelas ruas da cidade pessoas conversando com vereadores, secretários de algumas pastas do executivo municipal etc. Os assuntos abordados nessas ocasiões são de todo tipo, mas, sempre tem alguém que pede uma máquina patrol para nivelar um pequeno trecho de rua, uma equipe de limpeza para retirar o acúmulo de lixo amontoado em pontos específicos. 

Esse mesmo comportamento é visto nas reuniões da Câmara Municipal, quando o cidadão tem a oportunidade de ocupar a tribuna e fazer sua reivindicação. 

Entretanto, percebe-se que uma grande parte das solicitações feitas aos políticos são dos tipos citados acima. Atividades cuja responsabilidade é atribuída a secretarias como a de Serviços Públicos, Mobilidade Urbana etc. Questões corriqueiras e triviais, sem maior complexidade e sem maior oneração para o erário. E, porque, então, isso acontece? Simplesmente por ineficiência em alguns aspectos da gestão municipal e a falta de educação e respeito de alguns cidadãos. 

Por outro lado, a cultura política acabou por inserir no “inconsciente coletivo” que quaisquer demandas da população só são resolvidas quando intermediadas por um político – um vereador, por exemplo. 

E o pior é que é bem assim, mesmo! 

Esta semana a reportagem do Blitz Conquista constatou isso ao descobrir que um problema recorrente no Centro da cidade foi resolvido de imediato, quando um vereador passou pelo local e um lojista reclamou do lixo acumulado no passeio da Rua Ernesto Dantas. No mesmo instante o vereador ligou para o secretário da pasta responsável pelo serviço, que tomou todas as providências para que o lixo fosse retirado e uma placa afixada no local informando ser proibido depositar lixo ali. 

O problema encontrado com o fato é tudo, isto é, o fato em si. Muito embora não se possa deixar de reconhecer o trabalho do vereador, a iniciativa do lojista e a boa vontade e disposição do secretário em procurar resolver de imediato. É tudo porque a cultura, isto é, o processo de resolução de problemas está todo errado – isso não significa que algumas coisas não devam ser resolvidas dessa forma, mas questões do tipo jogar lixo na porta do comércio dos outros, em pleno centro comercial, não. Lixo do tipo resto de carnes, ossos, embalagens. Produtos que favorecem o aparecimento de insetos, o surgimento de mau cheiro, ajuntamento de cães de rua e que faz escorrer um líquido fétido que pode incomodar até quem transita pelo local dentro do seu veículo. 

Em uma cidade como Vitória da Conquista não cabe mais isso, nos dias atuais. O problema é antigo, quem o provoca está ali há tempos, todos sabem e, além do mais, existem câmeras por todo canto que registram isso acontecendo todo dia. 

Não é papel de um vereador fazer isso cotidianamente. Mas, parabenizados o vereador Ricardo “Babão” pela iniciativa. Entretanto, é desejável que não mais sejam vistas coisas assim acontecer, pois todos sabem o valor que um vereador tem em sua atuação como legislador e fiscal das ações do Executivo Municipal, de maneira que, submeter-se a uma situação dessas é vexatório, não para ele, nem para quem faz a reclamação, mas para a administração municipal.  

Tal comportamento continua acontecendo porque não há vigilância adequada, não há punição e porque quem pratica essas irregularidades não tem respeito pelo próximo, nem pelas instituições. 

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