Saúde

Bahia: campanha de vacinação contra a raiva começa na segunda-feira (31)

Dia D está marcado para 1º de setembro e inclui os 417 municípios do estado

 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A partir de segunda-feira (31), cães e gatos devem ser vacinados contra a raiva na Bahia. A campanha deste ano vai até 9 de setembro, com o Dia D marcado para 1º de setembro, e inclui os 417 municípios do estado, com estratégias de vacinação adequadas a cada território.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 16 casos de raiva canina e felina no Brasil em 2022. Dessas ocorrências, oito foram causadas por variante de morcego e três por variante de canídeos silvestres (cães, lobos, chacais, coiotes e raposas). Em outros cinco casos, o sequenciamento viral ainda está em análise.

Mesmo em um cenário de diminuição da raiva em cães e gatos, as autoridades de saúde monitoram a circulação do vírus e, principalmente, identificam a variante viral envolvida em caso positivo de raiva nessas espécies. Este mapeamento permite a adoção de medidas de controle necessárias em cada situação.

Por isso, o veterinário Lucas Edel explica que a vacinação é a principal forma de prevenção, uma vez que a raiva é uma doença letal.

“Temos vacinas antirrábicas para cães, gatos e também para animais de produção, principalmente bovinos e equinos. De acordo com as evidências, a vacinação é essencial para evitar e reduzir a circulação do vírus rábico em nosso território. É extremamente importante que os donos de animais de estimação realizem a vacinação contra raiva, pois essa doença não tem cura. Infelizmente, todos os animais infectados desenvolvem a doença, e o vírus leva ao óbito”, explicou.

Lucas Edel pontua que não se sabe ao certo o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres, mas que os quirópteros (como morcegos) podem abrigar o vírus por longos períodos, sem sintomas aparentes.

“A raiva manifesta um quadro neurológico nos animais e nos seres humanos. O vírus geralmente entra por meio de uma mordedura de um morcego, de outro cão. Onde houve a mordida, o vírus migra para o sistema nervoso central do animal ou da pessoa, causando um processo inflamatório irreversível. Os pacientes apresentam quadros e sintomas neurológicos, convulsões e, consequentemente, evoluem para uma parada cardiorrespiratória e óbito”, completou.

Dados extraídos do Laboratório Central de Saúde Pública, ligado à Secretaria de Saúde da Bahia, apesar de o estado não ter registrado casos de raiva em cães e gatos no primeiro semestre de 2023, 31 animais, entre silvestres (raposas e morcegos) e animais de produção (bovinos e equinos), foram diagnosticados com o vírus da raiva.

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