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Países amazônicos se reúnem no Pará

Cúpula da Amazônia discute temas de preservação da floresta.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O combate ao desmatamento, os impactos dos crimes ambientais, a valorização dos povos tradicionais e o desenvolvimento sustentável. Esses foram alguns pontos levantados durante o encontro de líderes dos chamados países amazônicos dentro da cúpula da Amazônia em Belém. Além do Brasil, representantes e líderes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela participaram do encontro que tem como objetivo buscar uma posição unificada dos países com grandes florestas tropicais para problemas socioambientais comuns. Na abertura do encontro, o governador Helder Barbalho reconheceu os desafios da preservação do bioma amazônico e voltou a defender as oportunidades sustentáveis.

“Aqui estamos para reafirmar ao mundo que a Amazônia é preocupação cotidiana. urgente e desafiadora de todos os que aqui vivem e se dedicam a esta região e ao seu povo. A Amazônia, senhor presidente, é diversidade, biomas, culturas, vegetação, fauna, terras, rios e, sobretudo, de pessoas. Chegou o momento de olharmos para este patrimônio ímpar, que nos foi legado pela providência com o sentido de construção conjunta de uma casa comum. Esta não é uma empreitada singela, tampouco um movimento inédito. Temos que atuar inspirados por valores compartilhados. Temos que marchar avante numa onda inclusiva e edificante, que produz um ímpeto permanente capaz de transcender as fronteiras e conciliar a inovação e a conservação.”

No primeiro dia de evento, a programação da Cúpula da Amazônia foi dividida em etapas. A apresentação de propostas, incluindo de representantes civis, a partir de seis cartas emitidas no evento antecedente à Cúpula Diálogos Amazônicos. OOTCA sobre os temas que devem compor a Declaração de Belém, como será chamado o comunicado final da cúpula. O presidente Lula considerou como urgente a necessidade de retomar a cooperação na Amazônia.

“Vices Presidentes e chanceleres, estou convencido que a história da Amazônia será medida a partir de agora, antes e depois desse encontro. Porque todo mundo, em qualquer lugar que eu vou, só fala da Amazônia. E agora é a Amazônia que levanta a sua voz para falar para o mundo, na expectativa de que na COP de 2028, nos Emirados Árabes, todos nós estejamos juntos para, quem sabe, fazer um pronunciamento em nome da Amazônia, em nome dos países que têm floresta, para que os países ricos, que já destruíram as suas, assumam a responsabilidade de financiar o nosso desenvolvimento para melhorar a vida do nosso povo.”

A ideia é que até esta quarta-feira, dia 9 de agosto, já se tenha um documento a ser levado a outras agendas ambientais, como é o caso da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, que será em Dubai, nos Emirados Árabes, a partir do dia 30 de novembro. As discussões da Cúpula da Amazônia retornam às 9 horas da manhã, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. O dia contará com a apresentação da Declaração de Belém e o debate geral entre os países convidados. São eles: República Democrática do Congo e República do Congo, Indonésia e São Vicente e Granadinas. O presidente dos Emirados Árabes confirmou presença. Também são esperados representantes da Noruega e da Alemanha.

Repóorter: Raiane Bulhões.

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