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Polícia Federal investiga homem que fraudou Sistema Desarma

Ex-funcionário terceirizado da Delegacia da PF em São José do Rio Preto inseria armas fictícias no Sistema Desarma, de entrega voluntária de armas de fogo, e se apropriava das indenizações.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (21), a Operação Athene, que investiga fraudes ocorridas no Sistema Desarma, programa do governo federal de entrega voluntária de arma de fogo, munição e acessórios.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em São José do Rio Preto, São Paulo.

O Desarma é uma plataforma desenvolvida pelo Ministério da Justiça para viabilizar o programa de entrega de armas de fogo e munição. Por meio dele, o cidadão entrega o material nas unidades da Polícia Federal e pode ser indenizado em valores que vão de R$ 150 a R$ 450.

Nas investigações, a Polícia Federal descobriu que um ex-funcionário terceirizado da Delegacia de Polícia Federal em São José do Rio Preto obteve, de forma fraudulenta, a senha de acesso ao sistema e passou a fazer inserções de armas fictícias. Com isso, ele ficava com o dinheiro das indenizações.

De janeiro de 2018 a março de 2023, o investigado incluiu 27 mil armas fictícias de forma fraudulenta no Sistema Desarma, causando um prejuízo de 10 milhões de reais aos cofres públicos.

A Justiça Federal determinou a indisponibilidade de todos os bens do investigado, tais como contas bancárias, imóveis e um veículo. Foram apreendidos computadores, mídias de armazenamento e três armas de fogo em poder dele.

O investigado responderá pelo de crime de estelionato majorado, cuja pena prevista é de reclusão de 1 a 5 anos, aumentada em 1/3 por ter sido praticado contra a União.

 

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