
Depois de seguir integralmente o voto do relator Alexandre de Moraes a respeito da condenação de mais de 400 réus envolvidos no 8/1, Luiz Fux inverte a lógica do seu voto quanto aos participantes do grupo que supostamente faria parte da cúpula golpista.
Como entender que o ajudante de ordens do ex-presidente seja condenado (por Fux) em uma das acusações, e Bolsonaro não, quando Cid era subordinado ao ex-presidente.
Para alguns jornalistas, Fux mudou de opinião. Mas o que se questiona são as consequências dessa mudança. Os chamados “bucha de canhão” que estiveram presentes no atentado às sedes dos Poderes pegaram penas pesadas, já quanto aos graúdos, quando não absolvidos – caso de Bolsonaro -, outros poderão ter penas menores.
A jornalista Daniela Lima apresentou uma hipótese para isso, trazido pelo, também jornalista, Sakamoto: “O próximo presidente da República, a partir de 2026, vai indicar três integrantes do Supremo Tribunal Federal, inclusive o sucessor de Luiz Fux, sucessor ou sucessora de Luiz Fux. O ministro tem família no direito, o ministro tem muitos amigos no direito e pode estar apostando na vitória de um candidato, como se cogita talvez que seja Tarcísio de Freitas, para manter influência o Supremo Tribunal Federal, mesmo saindo, ou ele tem mais dois anos e meio de mandato para trazer pessoas próximas a ele pra dentro da Suprema Corte.”
Em seu voto, Fux apresentou a leitura de 429 páginas cheias de detalhes, mas rica em contradições históricas relativas aos seus próprios votos anteriores. Seu roteiro de justificativas para o voto parece ter como base as argumentações da defesa dos réus, sem considerar devidamente a lógica dos argumentos acusatórios.
Ainda segundo jornalistas de uma rede de TV nacional, o que se destacou no discurso de Fux foi:
Considerar o STF absolutamente incompetente para julgar o caso, pois o julgamento deveria ocorrer em primeira instância;
Cerceamento de defesa devido ao volume exorbitante de material sem tempo hábil para exame por parte da defesa
Aceitação da delação de Cid