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PF e MPF deflagram operação para desarticular organização criminosa que fabricava fuzis em escala industrial para facções do RJ

Mesmo condenado a 12 anos de prisão, líder do esquema comandava as ações em prisão domiciliar; Justiça determinou o bloqueio de R$ 40 milhões dos investigados

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Rio de Janeiro/RJ. Na manhã desta quarta-feira, 15/10, a Polícia Federal deflagrou a Operação Forja, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, com capacidade estimada em 3.500 fuzis/ano, que abasteciam as principais facções do Rio de Janeiro. A ação, desenvolvida em conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal (GAECO/MPF), contou com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP).

Cerca de 50 policiais federais cumprem dez mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal determinou o sequestro de R$ 40 milhões em bens e valores dos investigados, visando descapitalizar a organização criminosa.

A investigação é um desdobramento da “Operação Wardogs”, de outubro de 2023, na qual o líder do grupo foi preso em flagrante com 47 fuzis, levando ao desmantelamento de uma primeira fábrica em Belo Horizonte/MG. Mesmo em prisão domiciliar, e após ser condenado a 12 anos de prisão pelo TJRJ, o investigado continuou a comandar a organização, reestruturando a operação e transferindo a produção para uma nova e mais sofisticada planta industrial no interior de São Paulo, que operava sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas.

Em agosto de 2025, a Polícia Federal conseguiu desarticular a fábrica em Santa Bárbara d’Oeste, onde foram apreendidos fuzis já montados e mais de 31.000 peças e componentes, material suficiente para a produção de dezenas de outras armas.

O grupo criminoso também importava componentes de fuzis dos Estados Unidos e da China, utilizando maquinário industrial de alta precisão (CNC) para produzir as peças em território nacional. As armas produzidas eram destinadas a facções criminosas do Rio de Janeiro, com entregas coordenadas para o Complexo do Alemão e a Rocinha.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa majorada, tráfico Internacional de arma de fogo de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Esta ação integra a Missão Redentor, um esforço permanente da Polícia Federal para desarticular organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro, em estrita conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635.

 

Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro

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