Durante a sessão desta quarta-feira (15) na Câmara Municipal de Vitória da Conquista, a vereadora Gabriela Garrido (PV) fez uma homenagem ao Dia do Professor, destacando a importância dessa profissão para a formação da sociedade, mas lamentando que ainda seja desvalorizada no país.
“Essa profissão é fundamental na vida de todos nós, mas infelizmente ainda muito desvalorizada. Meu respeito e gratidão a todos os professores e professoras”, disse.
Em seguida, a parlamentar concentrou seu discurso na política de resíduos sólidos do município, tema abordado após visita à Coordenação de Limpeza Pública, onde foi recebida pelo coordenador Beto Fagundes e pela engenheira ambiental Márcia, servidora pública de carreira. A visita também contou com a presença da professora e engenheira ambiental Camila, do Instituto Federal da Bahia (IFBA).
A vereadora relatou que o maior problema identificado pela equipe não está nos pequenos geradores de lixo, como residências e pequenos comércios, mas sim nos grandes geradores, como atacadões, hospitais, condomínios e empresas de construção civil. “A legislação faz distinção entre pequeno e grande gerador. O pequeno já cumpre seu papel pagando a taxa de lixo e, quando pode, separando recicláveis. Já os grandes geradores precisam apresentar um plano de descarte de resíduos sólidos — o que não está sendo feito”, denunciou.
Segundo Gabriela, os grandes estabelecimentos comerciais têm sido oficiados pela Prefeitura, mas, frequentemente, não respondem às notificações, e as multas aplicadas são consideradas de baixo impacto financeiro, o que não gera incentivo ao cumprimento da legislação. “Eles não respeitam a municipalidade, não têm plano de descarte e não doam materiais recicláveis aos catadores como deveriam. Falta compromisso ambiental e inclusão social”, destacou.
A vereadora também chamou atenção para o despejo irregular de resíduos da construção civil, que tem sido uma das maiores fontes de lixo jogado em locais públicos e vias como o anel viário. “Empresas têm jogado caçambas inteiras de entulho em locais inadequados. Isso é crime ambiental e precisa de uma fiscalização mais firme”, alertou.
Ela afirmou que a limpeza da cidade não pode ser responsabilidade exclusiva da Secretaria de Serviços Públicos ou da Coordenação de Limpeza Pública, e que o enfrentamento do problema exige articulação intersetorial entre secretarias.
Gabriela lembrou ainda que, embora Vitória da Conquista conte com um ecoponto em funcionamento e outro prestes a ser ativado, o município ainda não possui coleta seletiva regular — o que dificulta o reaproveitamento de resíduos e a valorização dos catadores. “A responsabilidade é compartilhada, mas diferenciada. E a cidade que queremos começa com o cuidado com o que descartamos”, concluiu.
Por Andréa Póvoas
