Saúde

Planserv alerta para riscos ligados ao fumo

O hábito de fumar configura-se como um fator de risco para inúmeras doenças graves. Para alertar seus beneficiários a este respeito e com objetivo de incentivar a redução do número de fumantes no Estado, o Planserv – Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais apoia o Dia Nacional de Combate ao Fumo – 29 de agosto.  No Brasil, há motivos para celebrar a data: a parcela de fumantes acima de 18 anos caiu 28% nos últimos oito anos, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), ligada ao Ministério da Saúde. Outro dado relevante que comprova essa queda está relacionado ao percentual de fumantes passivos em casa, que foi reduzido de 12,7% em 2009 para 10,2% em 2015. No local de trabalho, o índice caiu de 12,1% para 9,8% da população brasileira. O número de fumantes permanece maior entre os homens (14,4%) do que as mulheres (8,6%).

Apesar dos avanços e da maior conscientização das pessoas a respeito dos prejuízos do fumo, grande é a prevalência de patologias associadas ao vício. Além das doenças cardíacas e vasculares, que têm um incremento importante de risco com o uso do cigarro, outro perigo decorrente do tabagismo é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será a terceira principal causa de morte no mundo em 2020.

A DPOC refere-se a um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil. Só no Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com o problema. De acordo com a pneumologista e professora universitária Ana Cláudia Costa Carneiro, as mulheres são mais propensas a desenvolvê-lo em idade mais precoce e com maior comprometimento da função pulmonar. “Estudos mostram que as mulheres com gravidade de doença semelhante aos homens apresentam maior grau de falta de ar, ansiedade e depressão, com pior qualidade de vida e menor sobrevida. Isto é muito preocupante, pois ainda que os homens fumem mais, o aumento da prevalência da DPOC em mulheres está ligado à dificuldade de muitas mulheres em conseguir a suspensão do hábito”, pontuou a especialista.

Segundo a médica, outro vilão perigoso é o câncer de pulmão. “Em 4.720 substâncias identificadas em funções químicas da fumaça do cigarro, mais de 60 apresentam atividade cancerígena que pode atingir não só o pulmão, mas também órgãos como boca, faringe, esôfago, estomago, pâncreas, bexiga e rim”, destacou. O sistema digestório também é agredido pelo hábito de fumar. O refluxo gastroesofágico, que acomete de 10 a 20% da população, é muito mais intenso em fumantes. Além disso, fumar aumenta a incidência de úlceras gástricas e duodenais, entre outras complicações.

Solução – Estudos mostram que uma intervenção mínima, como a utilização de materiais de autoajuda, pode ajudar pessoas dispostas a parar de fumar. Aconselhamentos, tratamento medicamentoso e terapia de reposição de nicotina sob a forma de adesivos, entre outras intervenções, podem fazer toda a diferença. “Costumo dar algumas dicas preciosas aos pacientes que desejam se livrar do vício: quando surgir a vontade de fumar, vale degustar palitinhos de cenoura; beber goles de água gelada e colocar cravo ou canela na boca”, contou a pneumologista Ana Cláudia Costa Carneiro.

Também é importante escovar logo os dentes após as refeições, evitar o consumo de bebida alcoólica, especialmente logo após a cessação do habito de fumar; ocupar as mãos com o celular ou um livro quando tiver que ficar longos períodos em espera; substituir o café por suco ou chá e praticar uma atividade física regular sob a orientação de um educador físico. “Cada pessoa pode desenvolver a sua estratégia, avaliar seus gatilhos, ou seja, aquilo que lhe desperta a vontade de fumar, e traçar alternativas para lidar com eles. O importante é não desistir. Vencer o vício é possível”, encoraja a médica.

Ascom Planserv

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