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“Se a greve existe, a culpa é do prefeito”, afirma vice-presidente do Simmp

Servidores da Prefeitura Municipal lotaram a plenária e dependências da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) na sessão dessa quarta, 24, para reivindicar reajuste salarial. Os servidores vêm articulando uma agenda de mobilizações diante decisão do prefeito Herzem em não conceder reajuste aos servidores. O vice-presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp), Adair Souza, foi taxativo: “Se a greve existe, a culpa é do prefeito”.

Ele afirmou que a fluidez no serviço público depende do servidor. “Se nós queremos ofertar serviço público de que precisamos? Servidor público. Sem servidor público não há serviço público. Não tem o gari, não tem professor, o enfermeiro, o médico, o atendente”, defendeu. O sindicalista reconheceu o quanto é impactante para o município quando o servidor para suas atividades. “A Prefeitura perde o seu sentido, porque a finalidade da Prefeitura é ofertar serviços públicos”, disse e questionou: “Mas, se o servidor público é o mais importante, é o ingrediente essencial na composição para ofertar serviço público, por que que o servidor público não é colocado em primeiro lugar?”.

Adair afirmou que os sindicatos estão à disposição do Líder do Prefeito, o vereador Luís Carlos Dudé (PTB), para uma reunião com o prefeito, que deverá acontecer ainda hoje. Representantes da Bancada de Oposição também participarão do encontro.

Cargos em comissão de R$ 9 mil reais é injustificável ante salários de servidores de apenas R$ 937,00 – Em sua fala, Adair ressaltou que os servidores não querem um prefeito fora da lei, mas esperam que Herzem cumpra todas. “Porque não adianta cumprir uma e descumprir dez. Têm que cumprir todas as leis. Na LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal] é bem claro: se há uma arroxo, há um aperto orçamentário, tem que se fazer cortes. Mas não no serviço essencial, que é o servidor público”, detalhou. Ele advertiu que, primeiro, devem ocorrer cortes de cargos em comissão.

O sindicalista ainda defendeu uma readequação nos salários dos comissionados que, segundo ele, recebem muito além do que é pago à maioria dos servidores. “A nossa massa de servidores ganha salário mínimo. É injustificável um cargo em comissão na ordem de R$ 9 mil reais quando a nossa massa de servidores ganha R$ 937,00 reais. Eu fico a pensar: que importância tem para nosso município? Que serviço presta no nosso município essa servidora ou esse servidor que ganha 10 vezes mais que uma monitora que cuida das crianças numa creche, que cuida, que educa? A gente vê uma diferenciação muito grande no trato no dinheiro público”, criticou.

Adair defendeu mais equilíbrio e a extinção dos cargos em comissão. “Deveríamos utilizar dos funcionários e servidores que temos para prestar o serviço público. Porque cargo em comissão é um bando de pessoas que colocam para, desculpa a expressão, puxar o saco do prefeito”, falou.

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