As principais lideranças do PMDB da Bahia se reuniram, na tarde desta segunda-feira (18), para traçar as estratégias que podem reequilibrar o partido após a prisão de Geddel Vieira Lima em decorrência da operação Cui Bono?, que encontrou mais de 51 milhões de reais em espécie em um apartamento emprestado ao ex-ministro.
O presidente em exercício, deputado estadual Pedro Tavares, foi mantido no cargo e recebeu o apoio dos outros quatro colegas de bancada estadual, além do de atores como Colbert Martins (vice-prefeito de Feira de Santana), Herzem Gusmão (prefeito de Vitória da Conquista) e outros peemedebistas.
A necessidade de oxigenação do partido foi levantada na reunião que também, após intenso debate, “aprovou” a abertura dos portões para receber novas lideranças que devem vir sem condicionantes. Muito se fala na chegada do prefeito de Feira, José Ronaldo, que trocaria o DEM pelo PMDB para assegurar uma vaga na chapa majoritária de 2018.
Outro nome especulado no partido é o do secretário de Governo, Antonio Imbassahy, desgastado no PSDB após as denúncias da Lava Jato afetar sobremaneira o “padrinho” do ex-prefeito de Salvador no ninho tucano, senador Aécio Neves.
Um terceiro nome que tem se movimentado em Brasília para tentar uma vaga no partido que tem o maior tempo de televisão e acesso ao fundo partidário é o do deputado federal Arthur Maia (PPS).
O político da região de Bom Jesus da Lapa assumiu o desgaste de ser o porta-estandarte da reforma previdenciária e além de receber grande aporte de recursos em ministério caiu nas graças de Michel Temer, presidente do país e cabeça influente no PMDB nacional.
Para deputados ouvidos pela reportagem do BNews, o fato de o partido abrir as portas não significa que dará aos interessados lugar cativo. “Não tem isso de chegar com lugar na majoritária garantido ou tomar partido para si”.
Para além, a executiva do partido vai se reunir de 15 em 15 dias até que a poeira abaixe. A próxima deve ocorrer na primeira semana de outubro.
*Por Bocão News