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Prefeitura deve suspender licitação do transporte por meio de vans; reunião no MP teria provocado decisão

Conselho de Segurança enviou carta ao Prefeito Herzem Gusmão Pereira apontado para grupos que cobram “pedágios”, podendo levar a formação e fortalecimento de milícias e quadrilhas.

O líder do executivo conquistense parece não aperceber a real crise que passa o transporte coletivo de Vitória da Conquista. A cada dia a disfunção se amplifica; usuários passam mais de hora em pontos de ônibus, veículos quebram por falta de manutenção adequada, itens do contrato são descumpridos de forma escancarada pela empresa Vitória e as vans circulam como se houvesse um código paralelo autorizando a ilicitude. Atitude muito divergente aos discursos na rádio durante a gestão anterior.
Áudio do Prefeito em programa de rádio, antes de assumir a Prefeitura. Ele criticava duramente a situação do transporte coletivo.

Há cinco meses o vereador Cori (PT) apresentou um diagnóstico do transporte coletivo em Conquista, o qual já apontava que o transporte de passageiros caiu em um poço sem fundo. Inclusive, o levantamento do edil foi apresentado em forma de denúncia ao Ministério Público.

Na última sexta-feira,06, houve uma reunião no MP com a participação do vereador, da procuradoria do Município, Sindicato dos Rodoviários e da Viação Vitória. No encontro a promotoria teria deixado claro que é preciso salvar o sistema de transporte coletivo Municipal. Durante as discussões, Cori teria criticado contundentemente a Procuradoria do Município, informou o próprio vereador.
Ouça a entrevista concedida pelo vereador;

Diante dos questionamentos sobre o edital de licitação para inserção do transporte por meio de vans, a Procuradora comunicou que o executivo fará a revisão do edital, inclusive, se comprometendo a apresentar um estudo técnico de viabilidade do transporte “complementar”. O que até o momento não foi publicado pelo município.

A carta do Conseg

Em 27 de março, o prefeito Herzem Gusmão Pereira recebeu uma carta do Conselho Municipal de Segurança, com cópia enviada ao MP, apontado para as preocupações da entidade paras rumos tomados pelo transporte coletivo.

Segundo apurou o BConquista, Pereira Gusmão não teria demonstrado preocupação com a carta. Em outra reunião, após ser questionado por algumas pessoas, teria respondido que “Deus está no Comando”, recorrendo a subjetividade para abster-se da objetividade que deve prevalecer na administração pública.

Na carta o Conseg demonstra preocupação com o descontrole da clandestinidade, que coloca em risco os usuários e, até mesmo, a segurança pública local.

Finalizando o documento, o Conseg pede que o Prefeito determine a Secretaria de Mobilidade a “adoção de medidas de repreensão para a retirada de circulação dos veículos não regularizados para transporte de passageiros, carros de passeio e VANS, inclusive com apoio de força policial…”.

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