A reunião realizada entre prepostos da Viação Vitória, Sindicato dos Rodoviários e o executivo municipal exterioriza a morte da empresa em Conquista. Mas, também, demonstra que o prefeito Herzem Gusmão Pereira deu o tiro de misericórdia sem ter pronta solução para a crise do transporte coletivo.
Segundo apurou o BConquista, a proposta apresentada pela empresa, para que os 74 ônibus lacrados fossem liberados, foi considerada impraticável pelo executivo. A Vitória teria sugerido que a Prefeitura liberasse todos os veículos e os reparos necessários seriam realizados posteriormente com o dinheiro arrecadado das passagens. Caso o executivo aceitasse a proposta, incidiria em flagrante improbidade administrativa. A negativa foi imediata.
A própria sugestão apresentada pelos prepostos da Viação Vitória demonstra que a empresa chegou ao fundo do poço e não tem aporte financeiro para manter a frota e honrar com o pagamento dos colaboradores. Ou seja, a Viação Vitória recebeu o tiro de misericórdia e pode bater em retirada a qualquer momento.
No decreto publicado no Diário Oficial do Município dessa quarta-feira (18), Gusmão Pereira declarada a situação de emergência no serviço de transporte público coletivo urbano de passageiros, das linhas exploradas pela Viação Vitória. Na mesma publicação, o alcaide também autoriza o Secretário de Mobilidade Urbana a proceder à imediata prestação do serviço de transporte público coletivo de forma indireta, inclusive contratando emergencialmente outra empresa para atender as linhas. O decreto é simples, não traz novidades, confirma o caos estabelecimento há vários meses e, na prática, não resolve o problema.
Sem nenhum pronunciamento oficial por meio de coletiva a imprensa, para que a população e os funcionários da empresa fossem informados sobre um cronograma das ações que serão adotadas para minimizar o caos, o executivo externa estar embaraçado.
No próximo mês finda o processo de caducidade da Viação Vitória. Já era considerada certa a saída da empresa, porém, a grande repercussão do acidente ocorrido no domingo (15) atordoou o executivo, que subitamente deu o tiro de misericórdia no paciente em estado terminal [Viação Vitória], sem saber como fará e quem pagará o velório.