Destaque Política

[ÁUDIO] Herzem orienta radialista a dizer “…Conquista não vai aderir” à policlínica; fala confronta declaração de secretário

Em um novo trecho do polêmico áudio, o Prefeito Herzem Gusmão Pereira orienta um comunicador a sinalizar aos ouvintes que ele [prefeito] não irá aderir ao Consórcio da Policlínica.

 “Você pode falar: pelo que o prefeito falou aí, Conquista não vai aderir. Você vai falar! Aqui é intenção, mas adesão ele condicionou a uma série de coisas “, orienta o prefeito.

Em alguns momentos da gravação, o líder do executivo aparenta temer o sucesso da policlínica e recorre ao uso de termos chulos ao fazer referências ao equipamento, ao prefeito de Belo Campo e a Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Monalisa Barros.

“Porque que não bota lá, essa porra dessa policlínica, em Belo Campo?”

“A prefeitura bota recurso pra um bosta daquele. Rapaz… Ah!”

“Manda Quinho [prefeito presidente do consórcio] pra puta que o pariu!

“A Monalisa, que é grosseira, que é arrogante, é filha de Hormindo.”

Imediatamente após a publicação do polêmico áudio, que reverberou em todo estado, foi realizada convocação de reunião extraordinária do Conselho de Saúde.

No encontro, o secretário de Saúde, José Raimundo Costa Fernandes (Juka), fez defesa do prefeito, alegando que a gravação foi ilegal e que em nenhum momento ele teria dito que não participaria do consórcio. Ao que parece, o secretário desconhece o conteúdo original da gravação, em que o alcaide, também, autoriza o comunicador a sinalizar que “…Conquista não vai aderir” à policlínica. “Você pode falar: pelo que o prefeito falou aí, Conquista não vai aderir. Você vai falar! Aqui é intenção, mas adesão ele condicionou a uma série de coisas “.

Vídeo do secretário defendendo Herzem Gusmão e alegando que se trata de gravação ilícita:

A defesa do secretário, sobre a disposição de Pereira Gusmão em aderir a Policlínica, contradiz as declarações do alcaide, que fomenta um imbróglio que o desgasta a mais de um ano.

Cronologia do imbróglio da Policlínica envolvendo o prefeito de Conquista

Em 08 de setembro de 2017, o governador Rui Costa realiza reunião com prefeitos da região e discute o consórcio da Policlínica. Pereira Gusmão não compareceu e não enviou representante.

Em dezembro do ano passado, na governadoria, Rui Costa se reúne, mais uma vez, com os prefeitos da região Sudoeste. Como ocorreu no primeiro encontro, o prefeito de Conquista não deu o ar da graça.

Em 20 de dezembro de 2017, o alcaide assume publicamente que Conquista não integrará o consórcio da Policlínica e atribui a decisão por não poder indicar o gestor do Consórcio e a direção da policlínica.

A manhã de 22 de dezembro de 2017, foi o dia do ‘efeito bumerangue’, o prefeito afirma na Câmara de Vereadores que não iria voltar atrás da decisão de não integrar a policlínica. Naquele momento, o governador Rui Costa inaugurava o equipamento de Jequié. Horas depois, Rui Costa desembarca em Vitória da Conquista, para assinar a autorização da criação da Policlínica. Subitamente, chega ao evento a então Secretária de Saúde, Ceres Almeida, acompanhada Geane Oliveira, para dizer ao governador que a cidade iria compor o consórcio da policlínica. Entretanto, nenhum documento oficial foi entregue, na ocasião.

Em 7 de abril desse ano, o governador assina a autorização para início da construção do equipamento. Naquele dia, meses depois da súbita decisão do prefeito, ele [Pereira Gusmão] ainda não havia enviado o Projeto de Lei para Câmara e Conquista permanecia fora do consórcio.

Os dias passaram e, após forte pressão, agora, em dezembro, o executivo enviou para ser votado na Câmara, apenas um protocolo de intenção de adesão à Policlínica.

Os correligionários de Pereira Gusmão afirmaram que ali o problema estava resolvido, entretanto, a confusão aumentou exponencialmente.

O novo trecho do polêmico áudio

O áudio divulgado com exclusividade pelo BConquista,  nessa terça-feira (18), revelou que o aparente pavor que o equipamento tenha êxito. Com o novo trecho (no player abaixo), transparece de forma mais clara que o protocolo de intenções é utilizado meramente como meio não convencional para estancar a sangria da gestão, que abre mão do republicanismo e do bom senso e recorre ao método de orientar comunicadores a sinalizar o que o a gestão não tem coragem de assumir publicamente.

Ouça; no final do áudio o prefeito de Conquista orienta o comunicador a sinalizar que ele não tem interesse na adesão à Policlínica.

Banner Seu Menu (NÃO APAGAR)

banner-seumenu-blitz

manuel-importados