Prefeito e gerente de posturas prestaram depoimento na Polícia Federal
O caso do muro construído em uma área federal, derrubado pela Prefeitura, repercute em todo Brasil. O Portal G1 destacou mais esse imbróglio envolvendo o executivo conquistense.
O muro foi construído na área onde é construída a nova sede do Ministério Público do Trabalho, sendo derrubado, na terça-feira (15), pela prefeitura de Vitória da Conquista. A obra era de uma empresa, que foi notificada, mas não teria seguido a orientação do município, alega a Prefeitura.
Após a derrubada, a Polícia Federal foi ao local e convidou o gerente de fiscalização a prestar depoimento na delegacia. Porém, o gerente foi para Prefeitura, o que mobilizou agentes da PF, que foram a sua procura e intimaram o Prefeito Herzem Gusmão Pereira. Horas depois, o gerente de fiscalização e Pereira Gusmão teriam sido ouvidos por aproximadamente três horas.
De acordo com a prefeitura, a área é de interesse municipal para a preservação do Rio Verruga, onde está sendo implantado o Parque Municipal Ambiental, única área verde existente na zona urbana de Vitória da Conquista, entretanto, outros empreendimentos estão muito mais próximos ao leito do Rio. A exemplo da guarita no Caminho do Parque, um condomínio fechado clandestino, que é ignorado pela administração municipal.
O prefeito do município, Herzem Gusmão, e o gerente de fiscalização da Secretaria Municipal de Infraestrutura, foram ouvidos na Polícia Federal (PF), ainda na terça-feira, por causa da área ser federal e a prefeitura não ter gerência sobre o espaço.
A PF não informou o conteúdo dos depoimentos. Entretanto, a prefeitura divulgou uma nota no site do órgão afirmando que determinou o embargo da construção em alvenaria, pois ela estava sendo realizada sem alvará, na Avenida Luis Eduardo Magalhães.
A prefeitura alega que, após constatar que a obra estava sendo construída irregularmente, notificou a empresa para a não continuidade do levantamento do muro, mas as obras seguiram.
Fontes afirmam que o gerente de fiscalização deve responder pelos crimes de abuso de autoridade e dano ao patrimônio público.
*BConquista com informações complementares do G1