A circulação indiscriminada de vans em Vitória da Conquista vem crescendo exponencialmente, e não é notado nenhum avanço na política municipal para solucionar o problema. A atuação clandestina vem trazendo impactos negativos para empresas de ônibus e crise no transporte público. Em agosto de 2018, a Viação Vitória declarou falência e abriu mão do lote 1, que foi assumido de forma emergencial pela Cidade Verdade, que também vem alertando diariamente que pode deixar a cidade a qualquer momento.
Ontem(14), após reunião entre Prefeitura e direção da Cidade Verde, onde ficou acordado que a empresa continuará operando o lote 1, o Secretário Municipal de Mobilidade urbana, Jackson Yoshiura afirmou, em entrevista ao Blog do Rodrigo Ferraz, que a prefeitura nunca deixou de fiscalizar as vans. “O Ministério Público determinou que a gente fizesse a fiscalização, nós continuamos e vamos continuar”, afirmou.
Contradição – No entanto, a Prefeitura alegava anteriormente que não estava realizando a fiscalização por conta de uma liminar do Ministério Público que a impedia. A liminar do MP, na verdade, recomendava a suspensão do processo licitatório de vans. Isso aconteceu em abril de 2018. A licitação citada previa a circulação de 80 veículos. Atualmente, cerca de 600 vans atuam na cidade.
Durante a mesma entrevista, Yoshira contradiz a sua primeira afirmação e fala que a prefeitura “parou” a fiscalização para realizar estudos. Muitas falaram que o município parou de fiscalizar, mas o que acontece é que depois da liminar, o município parou para reestruturar suas ações, mas nunca foi a intenção parar de fiscalizar um transporte que está clandestino”, disse.
Estudos sobre transporte que nunca são divulgados – Ontem a Prefeitura também alegou que, em cerca de 120 dias, disponibilizará de estudo técnico sobre o transporte público em Conquista e suas necessidades, realizado pela Via 11 Engenharia e Escola Politécnica da UFBA. No entanto, o que parece ter sido esquecido é que a administração já havia contratado, anteriormente, estudo similar. O contrato foi com o senhor Moisés Ataíde de Brito, processo de número 116/181/2017, vigência 23/10/2017 a 31/12/2017, no R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Até o momento, a prefeitura nunca divulgou esse estudo.