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Inquéritos dos casos de assédio sexual supostamente praticados por médico Conquistense estão em fase de conclusão

A Polícia Civil está concluindo os inquéritos que apuram as denúncias sobre assédio sexual envolvendo o médico ginecologista Orcione Ferreira, de Vitória da Conquista.

São quase trinta inquéritos que estão em fase de conclusão, informou a delegada responsável em apurar os casos, Delcimara Cardoso Gonçalves, titular da Delegacia Especializada de atendimento a mulher.

As primeiras denúncias aconteceram através de uma publicação nas redes sociais com a foto do médico. No texto uma das mulheres iniciou dizendo: “Há dias estou pensando por onde começar, porque eu não queria ficar calada, pois sei que o que aconteceu comigo pode acontecer com outra garotas”, e relatou o assédio durante a consulta.

Depois da postagem, várias outras mulheres relataram que também foram assediadas. O caso ganhou repercussão nacional no início de maio. Os principais meios de comunicação do país noticiaram o caso, entre eles  Estadão, UOL, G1,Veja.

Uma das pacientes disse a revista Veja que havia sofrido aborto espontâneo e procurou o atendimento emergencial com o médico:

“Ele tirou as luvas e começou a massagear meus seios, o que não era mais natural numa situação de aborto. Não era uma massagem de um médico, era um toque de homem. E aí desceu por minha barriga, enquanto alisava todo o meu corpo, inclusive minha vagina, sem luva. Ele me elogiava e dizia que eu não ficasse preocupada”

Com o avanço das denúncias na mídia e o número de mulheres o acusando, o médico reforçou a sua defesa. A advogada Palova Amisses, de Belo Horizonte- MG, assumiu parte da área criminal em relação às denúncias.

Foto: Blog do Rodrigo Ferraz

A advogada participou de uma coletiva exigindo a apresentação de provas contra o médico e questionou a verossimilhança das alegações e a vida pessoal das denunciantes. Amisse também partiu para o ataque afirmando: “Algumas dessas moças (vítimas) tem o passado muito comprometedor”, disse.

A advogada também revelou conteúdo supostas informações de prontuários de supostas vítimas para desqualificar as acusações: “Uma procurou atendimento por infecções causadas por doenças sexualmente transmissíveis (DST), outra por conta de um aborto, que há suspeita que tenha sido provocado”.  Em relação a pacientes portadoras de DST, ela chegou a comentar: “Isso fala um pouco do nosso comportamento na vida social, não que ela tenha culpa, mas fala quem somos”.

Apesar de a delegada dizer que os inquéritos estão em fase de conclusão, ela não informou qual a previsão para encaminhamento dos casos para a justiça.

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