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Simmp afirma que denúncia de abuso em escola do município é “tragédia anunciada”

Na tarde desta sexta-feira (13), o Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista emitiu nota se posicionando sobre o suposto caso de abuso sexual sofrido por uma criança aluno da unidade.

CAIC: Crianças vulneráveis em escola com sinais de abandono [VÍDEO]

O Sindicato afirma que caso é “tragédia anunciada e que “desde 2017, o SIMMP vem denunciando as péssimas condições das unidades de ensino do município”.

Leia a nota na íntegra:

Desde 2017, o SIMMP vem denunciando as péssimas condições das unidades de ensino do município e agora se posiciona sobre o caso de assédio sexual, o qual considera uma tragédia anunciada.

“Certificado de que houve qualquer tipo de omissão ou descuido, as punições serão aplicadas. Dentre elas, a possibilidade do afastamento de toda a equipe gestora da escola”. Esse é um trecho do comunicado difundido pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista (PMVC) sobre a criança que foi assediada na Escola Municipal Paulo Freire, se isentando da responsabilidade e assumindo postura autoritária, como já é comum nesse governo.

Na nota, no entanto, não consta a má administração municipal, nem a falta de profissionais de apoio e do próprio apoio à educação, com formação complementar para os profissionais lidarem com situações como essa. Pelo contrário, a administração municipal só diminui, a cada dia, a quantidade de profissionais nas instituições de ensino, dificultando o trabalho dos gestores. A complexidade da situação é ressaltada pelo número de chapas formadas para as eleições de creches e escolas municipais: 25 chapas, sendo que o município tem mais de 200 instituições de ensino.

Essa é a marca do governo que se diz “mais perto de você”! Buscar um “bode expiatório” para se eximir da responsabilidade. “Afastar” os gestores tem sido medida adotada de forma truculenta, para espalhar medo, se esquecendo que a maior responsabilidade é da Secretaria Municipal de Educação, que gere os recursos de forma aleatória e irresponsável.

Quando a PMVC diz que a criança está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar, ela comprova que não tem medidas preventivas, para evitar que outros casos como esse aconteçam. De fato, o caminho não é culpar gestores escolares, sem oferecer suporte técnico, pedagógico e administrativo. E, sim, construir medidas preventivas, que sempre perpassam por uma educação de qualidade, que é direto garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 53.

No mais, essa não é uma questão isolada, é a realidade de muitas outras unidades de ensino municipais. As denúncias são das mais variadas e sempre se referem às faltas: de material de limpeza, de merenda, de pessoal de apoio, de vigilantes nos portões. E esses são apenas alguns dos problemas que assolam a educação do município.

Inclusive, é ingênuo do Secretário de Educação subestimar a capacidade pensante dos seus profissionais e da população. Todos sabem que o MAIOR responsável é, sem sombra de dúvidas, o gestor municipal.

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