Destaque Saúde

Alerta máximo contra o Aedes aegypti: 71 casos de dengue confirmados no município

Foram notificados 679 casos suspeitos de dengue no município, com 71 confirmados.

A Prefeitura de Vitória da Conquista divulgou estar em alerta máximo contra o mosquito Aedes aegypti. Nesse período de chuvas intensas e temperaturas elevadas, o mosquito tem encontrado condições perfeitas para se reproduzir mais rapidamente e, consequentemente, infectar muitas pessoas.

De acordo com a Prefeitura, tem se intensificando os trabalhos de orientação, fiscalização e combate ao mosquito, mas de acordo com dados do Programa de Controle de Endemias, do início do mês de janeiro deste ano, até essa segunda-feira (13), já foram notificados 679 casos suspeitos de dengue no município, com 71 confirmados. Um aumento alarmante, se comparado com o mesmo período do ano anterior que registrou, apenas no primeiro trimestre, 63 casos notificados com suspeita de dengue, com 6 positivos.

Esse aumento no número de ocorrências de casos já era algo previsto pelo Ministério da Saúde desde 2019, como explica Eliezer Silveira, coordenador do Programa de Controle de Endemias: “Já estava sinalizado que no Nordeste e nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, teriam um aumento significativo de ocorrência de notificações de Dengue, Zika e Chikungunya neste ano, por conta do vírus que está circulando nessas regiões que é o tipo 2. Esse é um tipo que ainda não tinha circulado aqui, então as pessoas não tinham tido contato com esse vírus até então. Por isso, a possibilidade de disseminar na população é muito grande”.

Aliado a isso, está o acúmulo desse período chuvoso que condiciona mais locais para reprodução do mosquito. Com a chuva, qualquer pequeno recipiente que esteja jogado em vias públicas, quintais, terrenos baldios, em cima de uma laje ou em qualquer outro ambiente, proporciona as condições ideais para que o mosquito coloque seus ovos e conclua o ciclo de reprodução no período de 7 a 10 dias, enquanto que numa temperatura mais baixa, ele pode levar de 10 a 12 dias.

Ainda de acordo com o coordenador do Programa, o fator determinante é a colaboração da população no combate ao mosquito: “A gente tem encontrado em torno de 89% de caixas d’águas destampadas ou tampadas parcialmente, dando condições para os mosquitos reproduzirem. Então isso é um fator muito determinante, porque quando a gente faz o levantamento de índice, que chamamos de LIRAa, a gente encontra esse percentual nos depósitos que são caixas d’água nível de solo”, explica Eliezer.

O índice de infestação geral do município é 6.6, de acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) feito pelo Programa no mês de fevereiro.

 

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