Prefeitura omite dados e informa apenas sobre as duas mortes causadas por dengue hemorrágica.
O crescente número de casos de dengue, zika e chikugunya em Conquista demonstra que a Prefeitura perdeu o controle da ação do mosquito Aedes aegypti. De acordo com o NRS – Núcleo Regional de Saúde (antiga Dires), há incidência de focos do mosquito em todos os bairros da cidade.
O BConquista entrou em contato com a prefeitura solicitando dados epidemiológicos sobre os casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação do Programa de Controle de Endemias, informou que, até o momento, foram confirmadas duas mortes por dengue grave hemorrágica. Ainda segundo a prefeitura, a primeira morte foi de uma mulher de 42 anos, residente do bairro Alto Maron, que ocorreu no dia 7 de abril. Já o segundo caso ocorreu na madrugada do dia 28 de abril. Trata-se de uma mulher de 47 anos, residente do bairro Guarani.
A prefeitura não respondeu sobre o número de pessoas testadas positivamente para doenças transmitidas pelo mosquito.
Como a prefeitura é obrigada a informar os dados epidemiológicos a Secretária de Saúde do Estado, a reportagem entrou em contato com NRS, sendo informada que há 1.287 casos de dengue, 136 pessoas diagnosticadas com zika e 157 casos positivos para chikugunya. Ao todo são 1580 pessoas infectadas com doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Com o descontrole no avanço da dengue, o município recorreu ao Estado e solicitou carros fumacê. Os veículos já circulam pulverizando inseticida nos bairros com maior focos do mosquito: Alegria, Alto da Boa Vista, Alto Maron, Brasil, Cruzeiro, Ipanema, Jardim Guanabara, Leblon, Patagônia, Sumaré, vila América, Urbis 5, Laranjeiras, Povoado de São Joaquim e Campinhos.