Brasil e Mundo

Programa Cisternas chega a 100 mil unidades entregues desde 2023

O PAA, também coordenado pelo MDS, já movimentou R$ 860 milhões em todo o país, em 2025. Durante o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia, beneficiários relataram a importância das iniciativas

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Foto: João Caetano/ MDS

O Programa Cisternas transformou a convivência com o Semiárido. Desde 2003, a inciativa que leva tecnologias de acesso à água para os estados da região superou 1,34 milhão de unidades entregues, sendo 100 mil desde 2023.

“Nós podemos viver no Semiárido seco, e viver muito bem. Sabemos lidar com a seca, vivendo muito bem”, descreveu o agricultor experimentador, Erasmo da Silva, que vive no sertão da Paraíba, na zona rural de Boqueirão.

São diversas tecnologias diferentes de acesso à água, desenvolvidas em parceria com organizações da sociedade civil e sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Alguns modelos permitem o armazenamento da água da chuva para consumo e produção. Erasmo, 70 anos, relatou as dificuldades que enfrentava no povoado de Canudos antes dos programas sociais.

“Veio o Bolsa Família, o Bolsa Escola, o Programa Cisternas, que tirou a sede do povo também. O povo ia morrendo, nas cacimbas, bebendo água de sapo. Quando surgiu o Programa 1 milhão de Cisternas foi uma bênção e ajudou nos quintais produtivos, as cisternas de 51 mil litros”, recordou.

Ainda no Semiárido, a agricultora Iolanda Santos, que vive na comunidade Paiol, em Parnarama (MA), também sente os frutos do trabalho do MDS. Beneficiária do Programa Cisternas, ela passou a ter água limpa em casa para produzir o próprio alimento.

“Antes, a gente plantava uma quantidade pequena, só para consumo. Hoje, a gente consegue plantar uma quantidade maior para a gente consumir, e para a gente vender. Isso dá uma geração de renda para as nossas famílias”, relatou Iolanda.

Antes da chegada da tecnologia, a comunidade passava até 30 dias sem água. Hoje, são 238 cisternas em Parnarama beneficiando 12 comunidades diferentes.

Além do acesso à água, as cisternas permitem que os agricultores plantem alimentos de qualidade e em maior quantidade. E com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Governo do Brasil garante a compra de produtores como Erasmo.

Ele falou sobre o orgulho de saber que o alimento que produz chega aos vizinhos, alunos e comunidades necessitadas, e relatou que, com o conhecimento técnico adquirido com o PAA, a produção durante a seca se tornou possível.

O PAA também é coordenado pelo MDS, que compra diretamente de agricultores familiares e destina os alimentos para escolas, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos. Só em 2025, o programa já movimentou R$ 860 milhões em todo o país.

Para o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, o impacto do trabalho conjunto entre o PAA e o Programa Cisternas, especialmente no Semiárido brasileiro, preparam as comunidades para o enfrentamento às mudanças climáticas.

“A gente consegue fazer com que as organizações, ao receberem os próprios recursos (das vendas de suas produções), elas vão melhorando a sua capacidade produtiva, fazendo pequenos investimentos, isso também vai dialogando com outras políticas governamentais do próprio MDS”, destacou Sílvio.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação – MDS

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