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Presidente da CBFS se defende de acusações de nepotismo: ‘qual é o problema?’

A situação do futsal está cada dia mais complicada. No último domingo, pela primeira vez em quase 40 anos, uma assembleia reprovou as contas da confederação brasileira da modalidade (CBFS) e federações se articulam para pedir a renúncia do atual presidente, Aécio Borba Vasconcelos, com um relatório cheio de acusações. Os dirigentes reclamam de favorecimento familiar, questionam empréstimos e gastos não explicados.

Em entrevista ao ESPN.com.br, o cartola se defende, diz que está chateado com o que está acontecendo, que não vê problema em misturar a organização com familiares e afirma que nunca pegou dinheiro da entidade.

“Foi um conxavo o que eles fizeram. Só apareceram 19 federações para aprovar as contas e eles levaram um documento só com acusações. Grande parte é verdade, mas foi feita por uma empresa da própria oposição”, afirmou Aécio.

Uma das reclamações das federações é de que a CBFS é tratada como uma grande empresa familiar, na qual as filhas do presidente estão trabalhando e os prestadores de serviços também são do mesmo sobrenome.

“Isso é uma realidade [sobre as filhas trabalharem na confederação]. Você sabe por acaso quanto ganha o presidente da CBF? Mais de R$ 200 mil. Qual o problema das minhas filhas trabalharem lá? Ainda mais com o salário pequeno que elas recebem. Elas me auxiliam porque sou uma pessoa de 84 anos”, defendeu.

“Eu nunca ganhei nada lá dentro. Zero zero. Nunca tirei um centavo. Mas não sabia que tinha tanta gente maldosa lá dentro. Olha tudo que fizemos. Tenho minha consciência muito tranquila. Não tenho uma gota de peso na consciência”, completou.

A oposição, no entanto, acusa Aécio de ter pago mais de R$ 3 milhões para a ARFE Produções e Logísticas sem ter notas que comprovem serviços prestados. A empresa também tem ligação com o presidente. A companhia ainda emprestou mais de R$ 2,5 milhões, no início deste ano.

“A empresa é do meu gênro. Mas eu fui no mercado e ele fez um preço melhor do que as outras. Qual é o problema nisso? Foi um bem para a entidade. Eles prestam serviços diversos, como de limpeza de banheiros quando tem um jogo, competições fora. (A falta das notas) Isso são suposições, eles não apresentaram nada de concreto no relatório”, respondeu.

“Se o valor que está lá é de R$ 3 milhões, foi esse o serviço que eles fizeram. Peguei empréstimo com eles porque também tinham o melhor preço do mercado. Os juros seriam menores. Também não vejo problema nisso”.

Sobre o pedido de renúncia, Aécio Borba disse que não sabe ainda o que vai fazer, mas por enquanto vai permanecer no cargo, em que está desde 1979, quando a confederação foi formada.

“Se eles não têm confiança em mim, é muito incômodo pra gente permancer. Mais de 34 anos lá dentro, com a minha idade, tendo de passar por isso. Fiz tanta coisa e agora é assim que eles fazem. Não vou decidir nada agora. Tenho que pensar muito”, finalizou.

*ESPN

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