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Ministério dos Direitos Humanos não é Igreja, e Damares Alves sabe disso

Nos últimos dias a mídia brasileira vem “revirando” a vida de Damares Alves, indicada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para ocupar o Ministério dos Direitos Humanos, da Família e da Mulher. Jornalistas de grandes órgãos de imprensa pinçaram frases delas ditas em púlpitos de igrejas e tentaram colocar na boca de Damares já como titular de uma pasta importante para a nação. O objetivo é tentar retratá-la como uma fanática religiosa e, portanto, desqualificá-la para o cargo.

A mesma tática foi usada contra outras indicações para o time de ministros que trabalhará com Bolsonaro a partir do ano que vem na condução do país. Até mesmo o nome do ex-juiz federal Sérgio Moro, que tanto fez pelo país na condução da Lava Jato, foi questionado e, por vezes, duramente criticado. De várias maneiras, os jornalistas ecoavam os questionamentos de políticos da esquerda, opositores a tudo que o próximo governo pensa em fazer.

A bola da vez nesse jogo midiático de ‘desconstrução’ parece ser a futura ministra. Em princípio, tentaram reduzi-la a “assessora de Magno Malta”, não que ela não o tenha sido, mas muitas manchetes sobre sua indicação sequer a chamavam pelo nome. Ato contínuo, choveram críticas e insinuações pelo fato de ela ser uma pastora.

A Constituição Federal garante tanto a liberdade da imprensa dizer o que quiser quanto a liberdade de um ministro do evangelho anunciar suas crenças. Coincidentemente, a Damares a ministra do evangelho também será ministra dos Direitos Humanos. E não, os Direitos Humanos não são criação das Nações Unidas em sua Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esta só veio se consolidar em 1948, mas muitos séculos antes disso a Bíblia já tratava dos direitos e deveres dos humanos.

Ao longo da história, os princípios cristãos moldaram ações de preservação dos direitos de todos os homens. O filósofo e historiador da filosofia francês, Luc Ferry, já apontavaque “O Cristianismo deixa traços incomparáveis na história das ideias. Não os compreender é também impedir-se de aceder a qualquer compreensão do mundo intelectual e moral no qual ainda hoje vivemos. É perfeitamente claro que, sem esta valorização tipicamente cristã da pessoa humana, do indivíduo enquanto tal, a filosofia dos direitos do homem, à qual estamos tão ligados hoje, nunca teria visto o dia”.  Ou seja, a defesa dos direitos humanos também tem inspiração na perspectiva cristã da vida.

Em seu primeiro discurso público após a oficialização de seu nome, Damares deixou claro que a luta pelos direitos dos brasileiros começa pela preservação do mais básico dele, o direito à vida. “Queremos um Brasil sem aborto”, garantiu ela, esclarecendo que não pretende lutar para mudanças na legislação atual sobre o tema.

Em entrevistas posteriores, rebateu o argumento que transformaria a pasta em uma agência missionária. “Essa afirmação de evangelização dos índios é absurda. Quem está assumindo esse Ministério é uma advogada e militante dos Direitos Humanos. A pastora fica lá na igreja, no domingo”, assegurou, traçando a linha divisória que a grande imprensa insiste em ignorar.

O Ministério dos Direitos Humanos não é Igreja e Damares Alves sabe disso. Como advogada que é, sabe que tem o direito constitucional de defender suas convicções como pastora evangélica. Também tem o dever de ofício em seguir as leis em vigor no país. Ela sabe disso, mas os dois pesos e duas medidas usados neste caso mostra mais uma vez que a militância da imprensa não poupará ninguém nos próximos anos.  Na história recente do Brasil tivermos ministros que tem histórico de envolvimento em ilícitos, com passado de envolvimento com grupos terroristas, mas os grandes jornais convenientemente fecharam o olho para isso.

A guerra contra Bolsonaro já havia sido declarada durante a campanha eleitoral. E numa guerra, já diz o ditado, “a primeira vítima é sempre a verdade”.

Fonte GP

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