Índice aponta dificuldade na situação fiscal do Município. Em investimentos, Conquista tem o pior desempenho dos últimos tempos.
No final de outubro foi divulgado o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) edição 2019. Os dados apontam que Vitória da Conquista enfrenta dificuldade na gestão fiscal . Quando o dado é investimento o resultado é o pior da margem de classificação, sendo considerado crítico.
O IFGF faz referência a 2018 e avalia as contas de 5.337 municípios de todo o país, que concentram 97,8% da população brasileira. Construído com base em dados fiscais oficiais, declarados pelas próprias prefeituras, o índice é composto por quatro indicadores: IFGF Autonomia, IFGF Gastos com Pessoal, IFGF Liquidez e IFGF investimentos.
A metodologia do IFGF considera os quatro indicadores citados, em que a pontuação adotada varia de 0 a 1 ponto: quanto mais próximo de 1, melhor a situação fiscal do município.
O índice de Gastos com Pessoal foi de 0,5622, indicando que a gestão de Herzem Gusmão Pereira está em dificuldade.
A relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os recursos em caixa disponíveis para cobri-los no exercício seguinte fica por conta do IFGF Liquidez. Na prática, ele demonstra se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o próximo ano sem a devida cobertura. Neste índice Conquista chegou a 0,5261, também dentro da margem de dificuldade.
O cenário mais alarmante para a capital do Sudoeste baiano está no índice investimento realizado em 2018 pela administração municipal. São míseros 0,2599, dentro da pior margem avaliada pelo Firjan. IFGF Investimentos avalia a destinação de recursos destinada a melhorias nas cidades.
Em 2016, a cidade pontuou 0,7338 em investimentos, sendo avaliada como Boa Gestão. No ano seguinte, com a atual administração, o índice caiu subitamente para 0,2668, se enquadrando na avaliação crítica. Em 2018, Conquista chegou aos migalhos 0,2599, o pior índice de investimento dos últimos anos.
Com os números apresentados Vitória da Conquista avançou uma colocação 2017, quando ficou em 46ª colocação. Hoje a cidade está em 45ª. Em 2016, Conquista estava em 23ª.
A prefeitura de Vitória da Conquista só obteve pontuação satisfatória no item autonomia: 1.
Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da federação, ressalta que a crise fiscal municipal tem raízes estruturais.
“Na prática, essas prefeituras não conseguem pensar no futuro de sua população, pois não investem em infraestrutura, escolas e hospitais bem equipados, por exemplo”, avalia Goulart.
Os municípios baianos que ocupam as primeiras colocações no IFGF são: Salvador, Candeias, barrocas, Feira de Santana, Paulo Afonso e Alagoinhas. Algumas das cidades com situação fiscal melhor que a de Vitória da Conquista são: Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brumado, São Desidério, Cordeiros, Maiquinique, Itororó e Ipupiara.
*Com informações da Firjan