Não é de hoje que se ouve na cidade de Vitória da Conquista conversas de que a Prefeitura está “quebrada”. O entendimento de muitos é de que algumas obras que surgem são resultado do uso de verbas oriundas de emendas parlamentares.
Queixas de moradores referente a serviços corriqueiros como trocas de lâmpadas, sinalização de vias e reparos na pavimentação asfáltica, são campeãs no quadro das reclamações que chegam aos programas jornalísticos nas rádios da cidade.
Interessante, que vez por outra, algum jornalista faz questionamentos como: se a população paga a taxa de iluminação pública todo mês, como o município pode associar a troca de lâmpadas e colocação onde não existe, à liberação de empréstimo, como já ocorreu em passado recente? O que se arrecada só é suficiente para pagar o valor da energia consumida na iluminação das vias públicas?
A população também assistiu recentemente a PMVC realizar pavimentação asfáltica em vias do bairro Candeias, em ruas cujo calçamento era de paralelepípedo. Segundo as informações obtidas pela reportagem do Blitz Conquista, o asfalto tinha que ser colocado naquelas ruas porque sua destinação estava vinculada, devido à sua origem ser de emenda parlamentar. Entretanto, pouco mais de quatro meses após o serviço ser realizado, as chuvas torrenciais do final de 2021 danificou uma das vias. Até que alguma providência fosse tomada para corrigir o problema, demorou vários meses. No entanto, quanto a suposta manutenção foi realizada, deixou a desejar. Foi muito mal feita. (Vejam as imagens).
A bem da verdade, o reparo feito na via não pode ser considerado. Onde o asfalto foi arrancado pela enxurrada, uma parte foi coberto com asfalto, outra parte apenas com betume e em alguns pontos não foi feito nada. Um dos quebra-molas, que teve 2/3 do asfalto arrancado, não foi refeito. Isso tornou o local perigoso, com risco de ocorrer acidentes.
Para piorar a situação, nessa rua específica, onde foram construídos quatro quebra-molas, a sinalização horizontal não existia até o início deste mês. Acontece que a pintura nos quebra-molas foi feita agora, mas a sinalização vertical não.
Então, como não considerar que as conversas dos bastidores da política conquistense estão corretas sobre uma possível fragilidade nas finanças do município?
Como explicar, por exemplo, a perene obra da Olívia Flores, a difícil execução da Perimetral, a restauração do canal pluvial que desagua na Lagoa das Bateias etc.
