O sistema permite o retorno de embalagens para o ciclo produtivo, gerando impactos positivos à economia e ao meio ambiente. A medida foi instituída por decreto que regulamenta a política de resíduos sólidos.
O Brasil terá a partir de agora o sistema de logística reversa para embalagens de vidro, com a assinatura, pelo presidente Jair Bolsonaro, de decreto que regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Estima-se que, anualmente, mais de 1 bilhão de garrafas de vidro são descartadas no país, e parte delas de forma inadequada, em praias, rios, terrenos baldios e lixões.
A logística reversa é um sistema que permite o retorno de embalagens para o ciclo produtivo, o que contribui para o aumento da reciclagem de vidro no país e a redução do descarte inadequado no meio ambiente.
O impacto também é positivo para a saúde pública, já que o acúmulo de água da chuva em garrafas vazias leva à proliferação de vetores de doenças, como o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.
Além disso, a reciclagem aumenta a eficiência energética na indústria fabricante de vidro e reduz a emissão de gases de efeito estufa, pois um caco de vidro reciclado demanda 40% menos energia em sua produção e não emite gás carbônico.
A falta de regulamentação sobre o reaproveitamento desse material levava empresas a buscarem caco de vidro no exterior, ao mesmo tempo que muitos estados brasileiros não sabiam o que fazer com o vidro descartado.
No sistema de logística reversa regulamentada, as ações ficam a cargo da iniciativa privada, por meio de parcerias entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, tal como acontece com as embalagens retornáveis e os medicamentos vencidos.
Fonte: Rede Nacional de Rádio
