A SpiN-TEC, vacina contra a Covid-19 100% nacional desenvolvida com apoio do MCTI, está entre as finalistas do Prêmio Euro.
Uma vacina contra a Covid-19 100% nacional está entre os finalistas do prêmio Euro. A SpiN-TEC, desenvolvida por um grupo de cientistas com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, se tornou referência não apenas para a fabricação de outros imunizantes no Brasil, como também em países da América Latina e da Europa. Fruto do trabalho de pesquisadores brasileiros do Centro Tecnológico de Vacinas da Universidade Federal De Minas Gerais, a SpiN-TEC difere das demais por estimular a imunidade celular e por ser mais resistente às variantes. Além disso, é estável na temperatura de geladeira por pelo menos nove meses e por cerca de um mês em temperatura ambiente, o que facilita a distribuição.
Segundo o imunologista, pesquisador e professor Ricardo Tostes Gazzinelli, que está à frente do projeto, o apoio do MCTI foi fundamental e que a vacina nasceu e foi nutrida pelo MCTI. Para a Gazzinelli, o imunizante pode representar uma maior soberania brasileira e diminuição da dependência externa, já que todos produzidos no Brasil são oriundos de importação de tecnologia. Hoje, a SpiN-TEC se encontra em aprovação do ensaio clínico fase 2. O trabalho desenvolvido pelos CT vacinas da UFMG foi selecionado entre iniciativas de 17 países da América Latina para a fase final do Prêmio Euro.
O vencedor principal receberá 500 mil euros, valor que seria investido pelo CT Vacinas, para potencializar o desenvolvimento de dois imunizantes inéditos, contra a doença de Chagas e Zika. A etapa final é decidida por votação online, na qual médicas e médicos com registros ativos de qualquer um dos 17 países participantes podem votar. O profissional deve se cadastrar no site premiumeuro.com e selecionar o trabalho SpiN-TEC, Plataforma de Desenvolvimento de uma Vacina Inovadora para a COVID-19 desde a concepção. O número de identificação é 231 e o responsável pela inscrição é o professor da UFMG, Elton da Costa Santiago, coordenador da fase clínica da SpiN-TEC.