“Esse tem sido o grande gargalo, a grande dificuldade”, disse o prefeito Guilherme Menezes, ao Blitz Conquista, quando falou sobre a superpopulação de usuários do SUS em Vitória da Conquista. Para Menezes a saúde conquistense avançou nos últimos 18 anos. De oito médicos a população passou a ser atendida por 300 e mais de 200 enfermeiros, lembra o prefeito.
Ao ser questionado sobre as críticas implacáveis da oposição nos últimos anos, ele reconheceu que sempre existirão e afirmou que continuamente Governo busca atender seus munícipes e os cidadãos dos 70 municípios que fazem parte da pactuação. Todavia, o grande problema estaria nas centenas de usuários da rede pública de saúde atendidos em Vitória da Conquista.
De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a cidade ultrapassa os R$ 700 mil cartões SUS, ou seja, mais que o dobro da sua população. Na prática, isso significa que metade do orçamento é destinado a cidadãos de outros munícipios, os quais não investem satisfatoriamente em saúde.
“Nós não temos a capacidade instalada pra 700 mil pessoas. Então, esse tem sido o grande gargalo, a grande dificuldade. Muitas vezes pessoas precisam de um exame especializado, existe uma fila e a Secretaria de Saúde tem que está administrando com toda dificuldade esse aspecto”, afirma Menezes.
Mesmo com as dificuldades o prefeito defende que houve avanços e lembra: “quando nós assumimos em 97, ninguém fazia crítica porque não tinha saúde pública, não existia”.
Durante a entrevista o prefeito numa espécie de desabafo reclamou da excessiva dependência do usuário da rede do Ministério Público. “Muita gente, ao invés de procurar a ouvidoria da saúde ou diretamente o serviço, já vai para o Ministério Público. A população tem que dá um passo a mais, não é? Aprender a viver sem a tutela do Ministério Público. A não ser quando não tem jeito. Ela tem como ir, como cidadã – a população, diretamente aos serviços e reivindicar mostrando as necessidades, mas a grande maioria da população ainda não sabe andar, eu diria assim, sem a tutela de órgãos como o próprio Ministério Público”.
De acordo com o prefeito a saúde avançou e precisa desenvolver ainda mais, porém, as críticas devem ser associadas à drástica transformação do serviço oferecido na cidade “que não existia” e conclui: “Valeu a pena essa luta e, principalmente, esse impacto na vida das pessoas”.
Pare aí! Se exite pactuação com 70 municípios, logo o Ministério da Saúde, repassa o equivalente aos serviços realizados, sim ou não?! Entendo que se reconhece que não há estrutura e pessoal para atendimento a altura deve-se cancelar os pactos e cada município, assumir os seus munícipes. Ou é apenas falacia? Queremos uma solução.
desvio de verba é o que não falta