Cotidiano

Siga 4 passos para sobreviver à Black Friday 2015

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Sexta-feira (27) é dia de ficar atendo em busca de uma megapromoção de produtos, sejam vendidos pela internet ou em lojas físicas de todo o país. A ação do comércio é inspirada na chamada Black Friday, tradicional data de liquidação nos Estados Unidos (EUA), que acontece todos os anos na primeira sexta-feira depois do dia de Ação de Graças.

No Brasil, a data é realizada na última sexta-feira de novembro e ainda gera muita dor de cabeça aos consumidores. Para que o evento comercial não vire um dia mal assombrado como Halloween, montamos um breve passo a passo com dicas feitas por especialistas desde 2010, quando o evento começou no Brasil.

O 1º PASSO é SE INFORMAR, conferindo atentamente o Código de Ética para o Black Friday e as lojas aprovadas pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Em síntese, o documento diz que as lojas se comprometem a não realizar ofertas falsas e a divulgarem o preço real do produto.

Contudo, há empresas que não são idôneas e são mapeadas por entidades como o Proteste.org.br ou a Serasa Experian. Ao entrar no site dos dois órgãos é possível consultar o CPNJ e o nome fantasia da empresa e conferir se ela está com tudo em dia com a Justiça e, principalmente, com o cliente.

O 2º e 3º PASSOS continuam sendo os mais eficientes. PESQUISE e COMPARE ofertas dos sites antes e durante a Black Friday.

Em alguns, os consumidores reclamaram das promoções que seguiam a fórmula “a metade do dobro”. Ou seja, as lojas que vendiam normalmente um produto por R$ 100 aumentavampara R$ 200 e depois ofereciam 50% de desconto na sexta-feira, vendendo pela “bagatela” de R$ 100. no

Ok, comparar é a melhor saída. Mas como?

Uma forma simples de saber se os produtos estão com preços realmente promocionais é fazer uma pesquisa de preços em pelo menos três estabelecimentos diferentes, com antecedência de pelo menos duas semanas. Mas se você esquecer de pesquisar com antecedência, há outras soluções. A internet é bastante criativa e existem diferentes sites que listam o histórico de preços.

Os serviços são gratuitos, mas ganham com propagandas. E como a ideia deste passo a passo não é fazer publicidade para ninguém, basta você acessar algum buscador de sua preferência (Google, Bing, Yahoo etc) e colocar as seguintes palavras-chave: “buscar desconto”, “comparar histórico de preços”. Certamente você vai encontrar diversos sites que oferecem esse serviço e  poderão te ajudar a mostrar os preços de um produto nos últimos dias e meses antes da promoção.

Diferente do que ocorreu principalmente em 2012, a Black Friday brasileira não é mais vista apenas como uma grande jogada de marketing sem efeitos reais de economia para o bolso do consumidor. Logo, você poderá encontrar preços convidativos. Mas, espere: todos sabemos que comprar por impulso pode doer muito no bolso no futuro.

Por isso, nosso 4º PASSO é REFLITA bem e avalie se o seu orçamento contempla a compra de determinado produto e se você realmente precisa dele.

Dicas para fugir da Black Fraude

Há comerciantes que usam a Black Friday para se aproveitar da boa fé do consumidor : vender ventagens e entregar problemas. A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, deu dicas estratégicas para evitar que essa data se transforme em uma verdadeira “black fraude”.

Confira (em texto e áudio) a entrevista da coordenadora do Proteste, feita originalmente para a Rádio Senado.

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Algumas lojas aumentam os preços às vésperas da Black Friday para depois conceder um “desconto” fictício. Quem está interessado em aproveitar preços menores deve fazer uma lista prévia do que deseja adquirir durante a promoção com os preços médios, marca e características do produto. Assim, durante a promoção, fica mais fácil avaliar se o desconto é de fato vantajoso;

Outra dica de Maria Inês é comprar apenas em sites confiáveis, preferencialmente aqueles com os quais o consumidor já teve experiências bem sucedidas. O risco é pagar pelo produto e depois não receber;

Por causa do grande volume de compras, muitos sites atrasam o prazo de entrega previsto inicialmente. O consumidor deve estar atento ao prazo informado e imprimir o pedido. Não feita a entrega, o consumidor pode denunciar nos órgãos de defesa do consumidor;

Mesmo seguindo as dicas para uma compra segura, Maria Inês Dolci alerta para o risco do endividamento, já que muitas pessoas adquirem produtos mesmo sem necessidade.

Por fim, vale lembrar que o fato de a compra ser feita em uma liquidação não elimina os direitos dos consumidores. Permanece o prazo de 30 dias para reclamar de defeitos, caso o produto seja não-durável, e 90 dias para reclamar caso o produto seja durável. Além disso, pode-se devolver compras feitas pela internet até sete dias após o recebimento do produto, independente do preço ou da ocasião da compra.

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