Cotidiano

O que dizer ao meu pai?

Por Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva – Muitos deverão concluir esta semana com as seguintes palavras: Querido papai, painho, paizão, meu velho… Eu te Amo, você é muito importante para mim, o que seria de mim sem você?
Outros, que não são uma minoria, já não têm mais seus pais para dizer estas e outras palavras. Alguns só tiveram poucos anos de convivência, outros, nunca puderam conviver com ele, pois sua mãe exerceu esta função.
Hoje resolvi andar pela universidade e conversar com aluno(a)s de diversos cursos formulando a seguinte pergunta:  no Dia dos Pais o que você diria a ele? Foi um momento de comoção, alegria, dor, reflexão ou mesmo de não saber o que falar e apenas pensar. Como falar de um pai se ele me abandonou aos seis anos de idade?
Os relatos foram a distancia da família, a idade e a cultura, as alegrias e tristezas, o abandono, o uso de álcool, o amor e sua importância, o cuidar dele, e outras palavras caladas no fundo do coração.
Sei ouvi-lo ainda que ele se expresse muito pouco, pois para ele o mais importante é garantir as condições materiais de sobrevivência! Em um momento da vida ele virou dependente de álcool, mas continuo a amá-lo e respeitá-lo.  Para outras, ele é o exemplo, a vida, a alegria, o lutador, aquele que esta sempre presente.
Ser pai remete ao diálogo, ao cuidar, as experiências de vida, a superação das dificuldades, ao acreditar no presente e no futuro, aos exemplos e o amor, pois sem ele, tudo o mais terá pouco valor.
Ah, se cada filho(a), pudesse cuidar com carinho de seu pai, pudesse ouvi-lo, e respeitar os seus valores, suas crenças, seu modo de vida, mais do que dizer que amam, pudessem demonstrar o seu amor e que efetivamente ele sentisse este amor.
Quantos pais são exemplos de amor e dedicação: os médicos Braulito e Cadete; o zootecnista e diretor de escola Francisco Mororó; o professor e reitor Paulo Santos; o Pastor Stenio Verde; os jornalistas Paulo Nunes e Nildo Freitas, os empresários José Marcos Costa e Albert Resende e outros, como o Arcebispo da Diocese de Lins – SP, Dom Irineu Danelon, muito mais do que um pai, salvando e dando oportunidade para muitos jovens deste imenso país, de se recuperarem do uso de substancias psicoativas; estimulando e dando oportunidade de vida e dignidade através da Pastoral do Menor e da Juventude.
Aos milhões de pais deste imenso país, que Deus os abençoe e possam continuar a ser o exemplo da presença dele na vida de seus filhos e filhas e na comunidade onde atuam.
 Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva, coordenador do Núcleo de Estudos da Criança e do Adolescente – NECA/UESB

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