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Sem estrutura: órgãos do Estado não sabem o que fazer com flagranteados; presos passam fome no Disep

Não é de hoje que ninguém quer assumir a “batata quente” dos flagranteados em Vitória da Conquista, que devem ser encaminhados para audiência de Custódia.

Enquanto isso a Polícia Civil é obrigada a cuidar dos presos que não são de sua responsabilidade.

Somente nessa terça, 05, dez presos estão em duas celas que foram interditadas pela Justiça e sem refeição.

Acontece que a função de escoltar e custodiar presos são dos agentes penitenciários, os quais estão lotados no Presídio Nilton Gonçalves e Conjunto Penal. Ou seja, mesmo com duas unidades prisionais, o Estado não consegue custodiar e conduzir os presos que devem ser encaminhado para as audiências de custódia, contradizendo com o discurso do Governo de investimento na Segurança Pública.

Os investigadores da PC afirmam que não vão se responsabilizar pelos detentos e as unidades prisionais também não querem recebê-los.

Segundo apurou o Blitz, a Justiça já foi comunicada sobre o fato, mas, até o momento, não determinou quem deve ficar com os flagranteados.
Com o imbróglio corre o risco de todos presos em flagrante serem soltos pela Justiça, pois os advogados podem reclamar da falta de estrutura e que seus clientes não podem permanecer numa cela interditada pela própria Justiça.

O Conselho Penal tentar buscar entendimento entre as autoridades para que o Conjunto Penal receba os flagranteados.

Com o grave problema entre os órgãos, parece que a população vai arcar com as consequências.
Outro grave problema é o desfalque nas polícias para garantir as audiências de custódia e seguranças das unidades prisionais.

Várias guarnições da 77, 78 e 92 Cipm’s são são deslocadas para escoltar e custodiar os detentos, sem contar que aproximadamente cem militares estão a disposição da segurança dos presídios. Ao mesmo tempo o Estado tenta obrigar a PC a se responsabilizar pelos flagranteados.

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