Um dos assuntos polêmicos do Governo Herzem Gusmão Pereira é a contratação da Fundação Dom Cabral para consultoria. Contrato sem licitação, contudo, permitido por lei, apesar de questionado por muitos.
Para quem não sabe, a Dom Cabral é bem próxima de Governantes do PSDB. A Gestão do Senador Aécio Neves – apontado com envolvido na Lava Jato, enviando a irmã para receber dinheiro da JBS – teve parte do planejamento realizado pela instituição. Curiosamente, pleiteando a presidência da República, a votação do atual senador foi um fracasso em seu próprio estado. Estranhamente, a tão propagada gestão eficiente não foi reconhecida pelos conterrâneos do “mineirinho”.
Aécio Neves também é integrante do Conselho Consultivo Internacional da Fundação Dom Cabral, assim como seu colega de senado Antonio Anastasia e o Presidente Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
Em materiais de divulgação da Fundação Dom Cabral é possível observar a proximidade da instituição com os tucanos. Por exemplo: quando Anastasia ainda era Governador de Minas, houve uma reunião do conselho em São Paulo e “todos os membros do Conselho foram convidados para um jantar oferecido pelo Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. Também estiveram presentes o Governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, o Senador Aécio Neves e o ex-Governador do Estado de São Paulo, José Serra, o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, entre outros”.
A citação demonstra a relação profissional da Fundação com alguns políticos e executivos envolvidos ou citados em escândalos de corrupção. Aécio Neves e Gilberto Tomazoni são os principais.
Outro questionamento, não menos importante, é a capacidade da Dom Cabral em assessorar, ensinar administrar, pois se trata de uma devedora milionária da previdência.
Talvez seja por isso que existam questionamentos contundentes sobre a contratação da Fundação Dom Cabral feita pelo Governo Pereira. Principalmente, quando não se sabe ao certo os critérios utilizados pelo prefeito.