Ao entrar com pedido de recuperação judicial a viação Vitória alega que crise financeira foi resultado do não reajuste das tarifas das passagens e do transporte clandestino.
Apesar de a atual gestão optar em “dar chances” a empresa que presta o serviço de transporte de passageiros, a reciproca não foi verdadeira. No Edital de Processamento de Recuperação Judicial a Viação vitória diz que pediu a prefeitura que tomasse medidas para que houvesse o restabelecimento do equilíbrio econômico da empresa (ação realizada com reajuste da tarifa) e intensificação das fiscalizações sobre os clandestinos. Porém, as solicitações não foram atendidas pela Prefeitura.
As justificativas atingem a gestão anterior, mas culpa a gestão de Pereira ao citar a existência dos clandestinos, que todos sabem que as vans foram oficiosamente liberadas pela gestão.
No documento judicial a Vitória diz dever menos de R$ 220 milhões a credores trabalhistas e apróximadamente R$ 1,5 milhão a credores quirografários (que não goza de preferência em caso de falência ou concordata, sendo pago após todos os demais credores). Porém a empresa não vem depositando corretamente os valores referentes aos Fundo de Garantia dos funcionários e os R$ 37 milhões devidos ao município referentes a outorga (concessão do serviço) .
Em entrevista recente, o ex-secretário Arlindo Rebouças revelou que chegou a ser convidado para assumir a Secretaria de Mobilidade, todavia, o prefeito sabia que ele iria retirar a Viação Vitória da Cidade e por isso o colocou em outra pasta. Segundo ele, a empresa deve mais de R$ 100 milhões ao município.
Na recente história da Vitória, aproximadamente 20 veículos foram levados pelas financeiras por falta de pagamento. Há poucos dias, dois veículos foram tomados.
Leia o documento na íntegra. Edital Viacao Vitoria_artigo 52