Após passar por sete cidades, a exposição “Navio Negreiro: Castro Alves e Hansen Bahia” aportou em Vitória da Conquista neste sábado (18), mais especificamente na Casa Memorial Régis Pacheco.
A abertura da exposição contou com a presença do diretor do Centro de Memória da Bahia (Fundação Pedro Calmon), Rafael Fontes, da coordenadora técnica da Fundação, Edizia Espinheira, e da secretária municipal de Cultura, Tina Rocha. Além de apresentação do cordelista Ailton Dias, do maestro João Omar e da violoncelista Gabriela Mello.
“Esta exposição está circulando o Estado e remonta uma exposição pensada por Hansen na década de 1960, baseada no texto de Castro Alves, e que acabou não saindo. Heráclito, que é o curador desta exposição, retomou a esse acervo, repensou e fez a distribuição”, explicou Rafael Fontes, que na oportunidade representou a Secretaria de Cultura do Estado.
“Vitória da Conquista é uma cidade importante para a cultura da Bahia e entendíamos que era fundamental a exposição estar aqui, não só por ser a terra natal do curador”, acrescentou, lembrando que em 2018 o Brasil comemora os 130 anos de abolição da escravatura, tema retratado pelas peças de xilogravura expostas.
Enzo Tomé, de 16 anos, foi um dos espectadores na abertura. “Muito legal, a exposição retrata muito a escravidão, que foi um momento histórico da nossa cidade também. É uma oportunidade para saber mais sobre a nossa história”, recomenda o estudante.
A professora Cristina de Azevedo falou da importância da exposição. “É uma retomada do que está acontecendo nas capitais e a necessidade nossa enquanto interior. Nos encontrar com um trabalho feito por uma pessoa que é daqui, como o Ayrson Heráclito, e que é uma referência nas artes visuais é marco para nós todos. A população precisa disso, desse espaço, desse momento”, ressaltou.
“Hansen Bahia é um dos nomes memoráveis das artes plásticas da Bahia, mesmo sendo alemão, ele adotou a Bahia de uma forma tão fantástica e intensa que trouxe a Bahia para o seu nome. É muito importante para Vitória da Conquista estar nesse roteiro da exposição, esse é um momento único para a Casa Régis Pacheco, aproveito para convidar os estudantes e as escolas a prestigiar um artista desse porte”, afirmou a secretária Tina Rocha.
Com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer e da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, “Navio Negreiro” segue em cartaz no Memorial Régis Pacheco até o dia 4 de março. Nos dias 1 e 2, acontece uma oficina de xilogravura, interessados já podem se inscrever no local.