Destaque Saúde

MPF oficia prefeito de Conquista, após fracasso da vacinação contra poliomielite

Prefeitura se perde em números e diz que dados do Ministério “não refletem a realidade”.

O Ministério Público Federal oficiou, na última sexta-feira (06), a Prefeitura de Vitória da Conquista e outras 311 cidades que tiveram baixo desempenho na cobertura vacinal contra poliomielite (paralisia infantil) em 2017. O resultado é o pior registrado nas últimas décadas no município, colocando a cidade na possível rota da paralisia infantil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a cidade atingiu o perigoso índice de 46,34 % de cobertura vacinal da pólio. O percentual insere Conquista no ranking da maior cidade da Bahia entre os piores índices do Brasil.

No ofício enviado a Herzem Gusmão Pereira e aos outros 311 prefeitos, a procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, solicita que seja ampliado o horário de funcionamento das salas de vacina, a fim de assegurar a pais e responsáveis a possibilidade de atendimento fora do horário comercial. O órgão do Ministério Público Federal também solicita que seja rigorosamente observado o Calendário Nacional de Vacinação, ainda que se tenha que aplicar mais de uma dose por vez – exceto se houver recomendação médica em contrário.

As 312 prefeituras também deverão assegurar a implantação do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), bem como o treinamento adequado dos servidores responsáveis pela utilização do referido sistema, a fim de que as informações nominalmente identificadas da cobertura vacinal cheguem regularmente ao Ministério da Saúde.

Em nova nota a imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde diz que o percentual de 46,34 % divulgado pelo Ministério da Saúde “não refletem a realidade”. Na mesma nota, a Prefeitura afirma que o dado real é de 49,64%. Entretanto, o dado ainda deixa Conquista na lista vermelha da cobertura vacinal abaixo dos 50%, o que não muda a situação crítica do município.

No mesmo documento a prefeitura fornece dados confusos, que não estão na base de dados do Ministério da Saúde. Segundo a nota, “a cobertura deve aumentar em cerca de 40% quando acrescentadas as vacinas já realizadas na zona rural, alcançando uma porcentagem geral de cerca de 89,64%”.

Se os dados são de 2017, por qual motivo ainda não estariam na base de dados nacional?

*com informações do MPF

Leia a nota enviada pela Secretaria Municipal de Saúde;

Nota à Imprensa

A Secretaria Municipal de Saúde informa que os dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre a cobertura vacinal contra a poliomielite em Vitória da Conquista não refletem a realidade. Os dados reais, que podem ser encontrados no sistema SUS, apresentam uma cobertura de 49,64%.

Esses dados, no entanto, têm como base apenas a vacinação realizada na zona urbana, já que o sistema eletrônico de informação sobre vacinação ainda está em implantação na zona rural. Segundo estimativa da própria Secretaria Municipal de Saúde, a cobertura deve aumentar em cerca de 40% quando acrescentadas as vacinas já realizadas na zona rural, alcançando uma porcentagem geral de cerca de 89,64%.

Informa, ainda, que uma campanha de conscientização sobre a importância da vacina já está programada para as próximas semanas. Além disso, há uma campanha de vacinação específica para o combate à poliomielite programada para o mês de agosto.

Secom, 09 de Julho de 2018.

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