Opinião: Em 100 dias de Governo, Herzem Gusmão Pereira (PMDB) comprova sua própria tese de que o seu mandato é um acidente
*Por Isaac Bomfim Pereira Reis – Vitória da Conquista é a terceira maior cidade do estado e ganhou destaque nacional nos últimos anos, principalmente em relação ao dinamismo econômico e qualidade de vida da população, que em 2016, após 20 anos de governos petistas elegeu, em segundo turno, o radialista Herzem Gusmão do PMDB para comandar a cidade. HG completa, neste 10 de Abril, seu centésimo dia à frente da Administração Municipal de Vitória da Conquista cercado por polêmicas e com uma administração fragilizada pela falta de planejamento e de zelo com a gestão pública, além disso, diversas promessas foram quebradas antes mesmo de assumir a Administração.
Em entrevista no dia 03 de Novembro de 2017, HG disse que “governaria com técnicos capacitados”, entretanto, seu secretariado é formado basicamente por figuras ligadas à dupla Geddel e Lúcio Vieira Lima, mais conhecida como Bitelo e Boca de Jacaré que são seus codinomes na delação da Odebrecht (André Ferraro/Secretário de Comunicação), ao Neo-Carlismo do Prefeito de Salvador (Marcelo Melo / Secretário de Educação), ao passado político da cidade ( Zé Willian, Murilo Mármore), além de colocar como Secretária de Desenvolvimento Social, a Empresária e Vice-Prefeita Irma Lemos que não me parece ser uma especialista na política do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Quanto à formação do novo (velho) governo herzista é preciso destacar a nomeação de conjugues, parentes e afins em diversas áreas.
HG também prometeu que seria um gestor de diálogo e que aproximaria o governo da sociedade conquistense: “Devolveremos a prefeitura para Vitória da Conquista e haveremos de administrar com o envolvimento de toda cidade”, afirmou o prefeito eleito, porém, as ações do seu governo demonstram que apesar da tentativa de um discurso participativo, HG prefere o autoritarismo puro e simples, vejamos:
• Aumento abusivo de 18% no transporte coletivo da cidade sem dialogo com entidades representativas e com o
• Corte em gratificações e direitos dos servidores municipais sem diálogo com a categoria;
• Ato Violento de desocupação de moradores da Comunidade Maravilhosinha;
Vale ressaltar também a pouca habilidade de HG na gestão do trânsito de Vitória da Conquista, não existe planejamento ou sequer estudos de viabilidade nas mudanças propostas pelo executivo, que na verdade acabam provocando um “faz e desfaz” no já confuso trânsito conquistense. A equipe de mobilidade urbana de HG simplesmente usa do empirismo com mudanças sem sentido, que na maioria das vezes pouco ajuda, como o caso do bloqueio no retorno do SAMUR, ou provoca acidentes, como na mudança de sinalização da Avenida Maceió.
Ainda podemos destacar a falta de merenda nas escolas municipais, o atraso de repasse salarial aos funcionários contratados da Educação, o uso indevido dos móveis da Casa Memorial Régis Pacheco e a tentativa desesperada do atual mandatário em creditar à Administração anterior todos os desmandos e problemas que a cidade enfrenta durante a sua gestão.
Herzem Gusmão Pereira passou a última década usando o microfone da Rádio Clube diariamente para fazer oposição política à cidade de Vitória da Conquista e ao Partido dos Trabalhadores, disputou as eleições para prefeito em 2008 e 2012, e para Deputado Federal em 2010 e Deputado Estadual em 2014, até finalmente ser eleito no segundo turno das eleições de 2016, no entanto, no dia 12 de Janeiro de 2017 o atual prefeito disse que estava no cargo acidentalmente.
Tenho a impressão de que Herzem é o acidente mais premeditado da história da política nacional.