Iniciativa pretende tornar mais ágil o processo de recolhimento e envio das amostras ao Laboratório Central da Sesab
Atualmente, nos casos em que pessoas são internadas com suspeitas de ter contraído a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), cuja infecção pode se dar por meio do vírus Influenza A (H1N1), é a Coordenação Municipal de Vigilância Epidemiológica que envia à unidade hospitalar um profissional para coletar amostras do paciente e enviá-las ao Laboratório Central de Vitória da Conquista – que, por sua vez, encaminhará o material ao Laboratório Central da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia.
As amostras devem estar na capital baiana em, no máximo, 24 horas após a coleta, o que exige agilidade de todas as partes envolvidas. Para reforçar esse trabalho, a Prefeitura convidou profissionais de saúde que atuam nas unidades públicas e particulares da rede hospitalar da cidade para participar de uma capacitação sobre como fazer o procedimento de coleta.
A atividade foi realizada na manhã desta quarta-feira, 20, no auditório do Hospital Samur. Após um momento inicial de conteúdo teórico, os participantes puderam presenciar uma demonstração prática do procedimento.
“Como houve, neste início de ano, um aumento do número de internamentos com suspeitas de H1N1, o Governo Municipal resolveu ampliar a capacitação para os hospitais, no intuito de intensificar a agilidade na coleta. E também para que os hospitais tivessem uma pessoa de referência para fazê-la”, justificou Jaciara Mendes, coordenadora de Vigilância Epidemiológica.
Tendo profissionais aptos a fazer a coleta, e munidos com os materiais necessários para isso, os próprios hospitais poderão realizar o procedimento e enviar as amostras ao Laboratório Central local. A equipe da Vigilância Epidemiológica continuará responsável por coordenar e acompanhar todo o processo – e, neste primeiro momento, ainda acompanhará de perto a atuação dos profissionais capacitados.
“A partir do momento em que percebermos que eles estão aptos a fazer a coleta, eles poderão fazê-la sozinhos”, explicou Jaciara.
‘Muito interessante’ – Para realizar a coleta, o profissional deve estar devidamente protegido pelos equipamentos de segurança. Munido de jaleco descartável, óculos, máscara e touca, ele introduz os swabs – hastes de plásticos semelhantes a cotonetes, só que mais compridos – nas narinas e na boca do paciente, a fim de recolher material para análise.
As amostras são depositadas em um tubo, que, após ser lacrado, recebe um registro com o nome do paciente, assim como a data e a hora em que foi feita a coleta. Em seguida, é guardado numa caixa isotérmica, onde deve permanecer sob uma temperatura de dois a oito graus. É nesse recipiente que ele seguirá para os dois laboratórios centrais – primeiro o de Vitória da Conquista, e, por fim, o de Salvador.
O enfermeiro Naelson de Souza, que se ofereceu como voluntário para participar da demonstração prática do procedimento, considerou “muito interessante” a capacitação. “A preparação foi muito interessante. Tiramos várias dúvidas em relação à forma de fazer a coleta”, disse. “O exame é simples, porém precisa de certas técnicas. Principalmente os equipamentos, para que a coleta seja mais positiva e mais adequada, tanto para o paciente quanto para o profissional”.