Estado de Minas – Três dos presos pela Operação Lava-Jato – o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o operador Lúcio Funaro e o ex-executivo da JBS Ricardo Saud – parecem estar se desentendendo no dia-a-dia no Presídio da Papuda, em Brasília.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Funaro e Saud já trocaram ameaças no local.
Em um dos episódios, enquanto Funaro aguardava o fim do banho de sol para voltar à cela, mandou recado – aos gritos – para o delator que o entregou.
“Saud, vou te matar”, teria dito de acordo com relatos feitos ao jornal.
Do mesmo lado do muro, Geddel teria apoiado o “colega” de prisão. “Saud, também vou te matar”.
A resposta de Saud, foi imediata, mas só para Geddel. “Cala boca, seu gordo!”.
De acordo com o presídio, os três estão separados e não se encontram no banho de sol, justamente para evitar que cumpram a promessa.
Segundo o jornal, há inclusive revezamento entre os advogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.
Geddel Vieira Lima foi preso no mês passado, em operação que encontrou malas com mais de R$ 50 milhões em um apartamento de Salvador.
Ricardo Saud se entregou à PF depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STf), Edson Fachin, aceitou o pedido de prisão temporária feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Áudio de quatro horas de um diálogo entre ele e Joesley Batista, da JBS, aponta que eles omitiram informações durante o acordo de delação premiada.
Já Lúcio Funaro é apontado como operador do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
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