Nove integrantes ligados ao tráfico, homicídios e lavagem de dinheiro foram presos pela Polícia Civil
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta terça-feira (14), a segunda fase da Operação Rivais, que resultou na prisão de nove integrantes de uma organização criminosa com atuação em Camaçari e ramificações interestaduais. A ação, coordenada pela 4ª Delegacia de Homicídios (DH/Camaçari), vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), teve como objetivo desarticular o núcleo financeiro e operacional do grupo, envolvido em homicídios, tráfico de drogas, agiotagem e lavagem de dinheiro.
As investigações apontaram que os investigados movimentaram valores superiores a R$ 1,2 milhão em contas bancárias de terceiros e pessoas jurídicas de fachada, a fim de mascarar a origem ilícita dos recursos provenientes do tráfico. O trabalho de inteligência revelou ainda transferências interpostas e empréstimos irregulares, que eram utilizados para reinserir os valores no sistema financeiro. Dois dos alvos, localizados no Rio Grande do Norte, residiam em condomínios de alto padrão, o que
evidenciou também o poder econômico adquirido com as atividades criminosas.
A operação foi desenvolvida em cooperação com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (DHPP/PCRN), responsável pelo cumprimento de dois mandados de prisão fora da Bahia. Na execução local, houve apoio da Coordenação de Operações e Inteligência (COI/DHPP), que atuou na integração das ações e na troca de informações estratégicas, além da participação da 18ª Delegacia Territorial (DT/Camaçari), representando o Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM), e do 12º Batalhão da Polícia Militar, que contribuíram para o êxito da ofensiva.
A Operação Rivais 2 é um desdobramento da primeira fase, deflagrada em março deste ano, que já havia resultado em prisão e bloqueio de R$ 639 mil em contas ligadas ao mesmo grupo. Na ocasião, um dos investigados foi preso por envolvimento no homicídio de Ronaldo Correia Lima, ocorrido em dezembro de 2024, no bairro Phoc III, em Camaçari.
As investigações seguem com foco na identificação de outros envolvidos e no rastreamento dos fluxos financeiros ilícitos, a fim de enfraquecer a base econômica do crime organizado.
Pedro Moraes / Ascom PCBA