O nascimento de gêmeos no Hospital Municipal Esaú Matos é um acontecimento corriqueiro. Mas a entrada de uma gestante na madrugada desta segunda-feira, 27, no setor de Obstetrícia, mereceu destaque. A professora Edvanda Machado Silva, 44, veio de Brumado para ganhar seus dois filhos em um hospital particular de Vitória da Conquista. Era o primeiro parto dela, que só conseguiu engravidar por inseminação artificial.
Por presumir que o parto necessitaria de cuidados especiais, o primeiro hospital negou atendimento e antes de dar entrada no Esaú Matos, a professora ainda passou em outra unidade de pronto-atendimento, mas não foi assistida por não haver obstetra de plantão.
“Ficamos de madrugada rodando pela cidade quando Deus nos iluminou a vir para o Esaú. Quando chegamos na porta, o segurança disse: ‘pode entrar’. O que mais me impressionou foi a recepção: nota dez”, disse emocionado o pai das crianças, Gildásio Guilhermano da Silva, 48, que, contendo as lágrimas, prosseguiu: “Lutamos para ter esses filhos. Essa foi a terceira tentativa e agora, graças a Deus, conseguimos. Pra mim, esse hospital aqui não tem o que falar”.
No fim da manhã, Edvanda deu à luz a Davi que como o próprio nome diz é “querido” e a Gabriel que significa “homem forte de Deus”. Os meninos nasceram com 36 semanas, pesando 2.400 e 2.050 quilos, respectivamente. O parto cesário foi feito por Dra. Carla Cristiane de Oliveira Pinheiro, diretora técnica operacional do Esaú Matos, sem nenhuma intercorrência, não precisando portanto da UTI Neonatal.
“O que a gente contou aqui foi com o apoio moral, a boa vontade de todo mundo, porque fomos bem recebidos. O hospital deu muito apoio pra gente e graças a Deus estou com meus dois meninos aqui e com saúde”, declarou a genitora que poucas horas depois da cirurgia já estava com seus filhos.
Segundo o diretor-geral da Fundação de Saúde que administra o hospital, Edilberto Amorim, os bebês estão bem e devem receber alta no prazo normal. “Esse fato só ressalta que o Esaú Matos tem atendido com qualidade. Por dia, são atendidas mais de 40 mulheres. O hospital tem, no seu atendimento 24 horas por dia, portas abertas”, finalizou padre Edilberto. *Secom