Cotidiano Destaque

Mais de 40% das empresas baianas estão sem funcionar por conta do Coronavírus

Pesquisa do Sebrae em todo o Brasil mostra o impacto da pandemia nos pequenos negócios

Uma nova edição da pesquisa do Sebrae mostra importantes informações sobre os micro e pequenos negócios na Bahia. No levantamento, realizado com mais de 10 mil empresários do Brasil, 43% dos entrevistados baianos afirmaram que estão sem funcionar porque as empresas operam presencialmente.

Por outro lado, a mesma pesquisa mostra que pouco mais de 14% deles estão em funcionamento, mas não possui estrutura para usar tecnologias digitais. Somente 31,6% dos negócios em funcionamento estão utilizando ferramentas digitais, como site, telefone e aplicativos.

Faturamento

Outro dado levantado pela pesquisa foi o impacto da pandemia no faturamento dos negócios. Na Bahia, pouco mais de 86% dos empresários informaram que a receita diminuiu neste período, enquanto apenas 2,3% disseram que as vendas aumentaram. Outros 5,5% afirmaram que não sentiu o impacto no financeiro da empresa.

Os dados da Bahia sobre as finanças dos negócios estão em alinhamento com a média nacional. Mais de 88% dos empresários disseram que sentiram o impacto da pandemia do novo Coronavírus no faturamento.

A média mensal de redução das vendas no estado é de 60,9%, enquanto no Brasil, este número chega a mais de 64%. Somente 27,8% deles afirmaram que esta média aumentou. O número está abaixo da média nacional, que é de 37,3%.

Vendas online

Com a pandemia do novo Coronavírus, muitos negócios precisaram se adequar aos novos comportamentos de consumo e as vendas online passaram a ser a principal forma de adquirir produtos e serviços.

Nesta nova edição da pesquisa, 30% dos entrevistados na Bahia disseram que começou a realizar vendas online com o uso das redes sociais, como Instagram, Facebook e WhatsApp. Somente 4% deles realizam suas transações com clientes por meio de um site.

Os empresários que estão utilizando plataformas e aplicativos de vendas, como iFood, Uber Eats, Rappi e GetNinjas, por exemplo, somam 7% dos entrevistados na Bahia, percentual igual ao registrado no nível nacional.

Acesso ao crédito

Com as medidas de restrição à circulação de pessoas, culminando na queda brusca no faturamento das micro e pequenas empresas, os empresários têm buscado formas de compensar as contas recorrendo a empréstimos. Na Bahia, 85,9% dos entrevistados responderam que buscaram o crédito, mais de 50% dos que afirmaram ter tentado um empréstimo na edição anterior da pesquisa.

Mais de 62% tiveram o pedido negado e 28,7% aguardam uma resposta das instituições financeiras.

Para ajudar os micro e pequenos empresários na obtenção de crédito durante a pandemia, o Sebrae e a Caixa firmaram uma parceria que vai oferecer mais de R$ 12 bilhões. Os limites dependem do porte da empresa, com carência que pode chegar a 12 meses. As informações sobre como realizar o pedido podem ser obtidas no site da Caixa.

Sobre a pesquisa

A terceira edição da pesquisa “O impacto da pandemia do Coronavírus nos pequenos negócios” foi realizada entre os dias 30 de abril a 5 de maio com 10.384 empresários de todos os 26 estados e Distrito Federal. A amostra levou em conta o universo de 17,2 milhões de pequenos negócios registrados no Brasil.

Na Bahia, 53,2% dos entrevistados atuam no comércio, 41% nos serviços, 3,67% na construção civil e 1,5% no agronegócio. A maioria dos empresários que responderam a pesquisa estão enquadrados como Microempreendedor Individual (57,4%), seguido das Microempresas (faturamento bruto anual de até R$ 360 mil), com 38,9% e as Empresas de Pequeno Porte (faturamento bruto anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões) representam 3,7% das empresas que participaram da pesquisa.

Os homens estão representados na pesquisa por 49,7%, sendo as mulheres 5,3% do universo de entrevistados. O relatório completo da pesquisa pode ser obtido no site do DataSebrae.

*Agência Sebrae de Notícias Bahia

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