Por Paulo Nunes
O médico Clóvis Assis, de 75 anos. Ele faleceu neste sábado (03), no Hospital IBR em Vitória da Conquista, em decorrência de uma trombose abdominal.
Clóvis Raimundo Gomes de Assis nasceu em Juazeiro (BA) no dia 11 de dezembro de 1945, filho de Romeu José de Assis e Nair Gomes de Assis. Ingressou no curso de medicina da Escola Baiana de Medicina, em Salvador, em 1965, formando-se em 1971. Em 1972, foi professor de química em Vitória da Conquista (BA), atividade que exerceria até 1988. Fundador da Clinica de Pediatria e urgência (CUPE) em Vitória da Conquista, prestou muitos serviços à saúde infantil da cidade
Secretário municipal de Saúde e Bem-Estar Social de Vitória da Conquista entre 1977 e 1982, nos governos Raul Ferraz e Gildásio Cairo foi também, entre 1980 e 1984, diretor-médico do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS. Ainda em 1980, tornou-se presidente da Associação Médica Brasileira, na Regional de Vitória da Conquista, ocupando o cargo até 1983. Em 1987 e 1988, foi diretor da 20ª Diretoria Regional de Saúde da Bahia.
Em outubro de 1990, elegeu-se deputado federal na legenda do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Empossado em fevereiro de 1991, foi, naquele ano, titular da Comissão de Seguridade Social e Família; suplente da Comissão de Finanças e Tributação; e suplente da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a impunidade de traficantes e o crescimento do consumo de drogas.
Em 1996, compôs a chapa vitoriosa nas eleições municipais de Vitória da Conquista, sendo eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Guilherme Menezes de Andrade, logo após o mandato que se findou em 31 de dezembro de 2000, não teve participação na política partidária.
Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, acusado de crime de responsabilidade por ligações com um esquema de corrupção liderado pelo ex tesoureiro de sua campanha presidencial, Paulo César Farias. Afastado da presidência logo após a votação na Câmara, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992, pouco antes da conclusão do processo pelo Senado Federal, sendo efetivado na presidência da República o vice Itamar Franco, que já vinha exercendo o cargo interinamente desde a decisão da Câmara.
Em outras votações importantes da legislatura 1991-1995, Assis votou a favor da criação do Imposto Provisório sobre Movimentações Financeiras (IPMF), imposto de 0,25% sobre transações bancárias, do Fundo Social de Emergência (FSE) e contra o fim do voto obrigatório.
Candidato à reeleição em outubro de 1994 na legenda do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), não foi bem-sucedido. Assim, ao término da legislatura, em janeiro de 1995, deixou a Câmara dos Deputados. No pleito de outubro de 1998 tentou, novamente sem êxito, uma vaga como deputado federal na Câmara, pela legenda do PSDB.
Fez também o curso de administração hospitalar.
Casou-se com Valnice dos Reis Ferreira de Assis, com quem teve três filhos.
FONTES: CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1991-1995); Folha de S. Paulo (18/9/94). Blog do Paulo Nunes